terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Estrelas de Cinema 2

"Eu não estou interessada em dinheiro, eu só quero ser Maravilhosa.

(Marilyn Monroe)



Marilyn Monroe em Os Homens Preferem as Loiras (Gentleman Prefer Blonds, 1953) de Howard Hawks. Hollywood, 1953. Ed Clark.

Lauren Bacall durante uma pausa das filmagens de Duas Mulheres e Dois Destinos (Young Man With a Horn, 1950). Hollywood, 1949. Alfred Eisenstaedt.

Margaret Sullavan fumando e lendo o guião de um filme para TV. 1951. Raph Morse.

Hedy Lamarr por Alfred Eisenstaedt em 1938.

Ava Gardner no filme "One Touch of Venus".1948. J. R. Eyerman.
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 Julie Christie fotografada por Dmitri Kessel durante as filmagens de Dr. Jivago em 1964. 

 Brigitte Bardot por Loomis Dean em 1957 durante as filmagens de "Lady And The Puppet". 

Jean Simmons em 1948 fotografada por Willian J. Sumits.

 Lee Remick em 1962 fotografada por Allan Grant.

Audrey Hepburn e Grace Kelly nos bastidores dos Óscar's de 1956. Allan Grant



(Fotos LIFE Archive)



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Tributo a Mário Viegas

Cineclube de Faro - Junho 1996



Tributo a Mário Viegas, pelo Cineclube de Faro. 1996.




Mário Viegas em A Divina Comédia de Manoel de Oliveira. 
Foto encontrada na net.




domingo, 26 de fevereiro de 2012

Brincadeiras Proibidas

de
René Clément



Brigitte Fossey e Georges Poujouly.

Realizado por René Clément em 1952, "Brincadeiras Proibidas" (Jeux Interdites) é um dos maiores clássicos do cinema francês do pós-guerra. Apesar de recusado pela comissão de selecção do Festival de Cannes, o filme teve uma consagrada carreira internacional ao vencer o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e o Leão de Ouro do Festival de Veneza. Com sensibilidade, mas sem sentimentalismos, Clément assinou uma obra-prima que permanece viva na mente e nos corações de espectadores de todo o mundo. 


Brigitte Fossey.
Brigitte Fossey e Georges Poujouly.

Neste filme inesquecível, que se passa em junho de 1940, as bombas nazis aterrorizam os franceses. Durante um bombardeio, a pequena Paulette (Brigitte Fossey), de cinco anos fica órfã. Ela é adoptada por Michel Dollé (Georges Poujouly), um menino de onze anos, filho de camponeses. Depois de enterrar o cachorro de Paulette num velho moinho abandonado, as duas crianças aos poucos vão construindo um verdadeiro cemitério de insectos e pequenos animais. Perturbados pela loucura dos adultos e da guerra, eles vão estabelecer uma amizade singela e pura, mas igualmente fragilizada pela presença da morte e da incompreensão.
(Texto de cineclubenatal.blogspot.pt)

Brigitte Fossey


(texto da net e fotos LIFE Archive. sem autor e data)



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Ruy Belo: “Nada se perde por mais que aconteça”


Ter tido o privilégio de privar com um grande poeta foi ter podido ver acontecer a sua poesia. Nela continua vivo. 

Por Manuela de Freitas


A certa altura da minha adolescência, conheci um colega do meu irmão Carlos, da Faculdade de Direito, com um ar muito sério e respeitável (apesar de só ter vinte e dois anos), que constava ser da Opus Dei. Era o Ruy Belo. Davam grandes passeios pela praia e falavam, falavam, a olhar para o mar, até nele entrarem. E tinham de os ir buscar, enregelados e exaustos, envoltos em cobertores, a beber um cálice de brandy para recuperarem do susto dos outros, porque neles havia só prazer calmo, como um segredo cumprido. Havia conversas até às tantas. Com o culto da alegria como um dever sem tréguas e a cumplicidade numa rebeldia sem limites.

O Rui saiu da Opus Dei e, já formado em Direito, entrou para a Faculdade de Letras. Arranjou uma namorada e, como se o Verão tivesse chegado, o sorriso de criança, de nariz arrebitado, foi-se tornando cada vez mais aberto, mais arriscado, mais livre. E o riso claro da Maria Teresa começou também a fazer parte dos nossos serões nas noites desmedidas de novembro, das castanhas assadas compradas depois da tourada, onde íamos ver o João, irmão do Rui que era forcado [pegador de toiros a pé, nas corridas de toiros à portuguesa]. Crianças feitas para grandes férias, tudo era possível, era só querer. E o ritual dos dias e das noites era importante como uma novidade.

O meu irmão morreu em Janeiro de 1965, com vinte seis anos. Houve passos apressados pela casa que ficaram na Boca Bilingue, à memória do Carlos, o melhor dos amigos e o Rui continuou nos nossos serões com a permanente dívida à alegria porque era preciso era que não doesse muito, já que a morte não é coisa para os homens.

Começou a aparecer cada vez menos, cada vez mais perturbado, prostrado, a comprar o sono em tubos de comprimidos. Teve três filhos da Maria Teresa, sua única viúva, e foi para Madrid onde se apaixonou pela Muriel. Um dia, reencontrámo-nos no meio da rua, falámos muito e à despedida perguntou-me “Eu vinha dali ou ia para ali?”. Passou, depois, por alguns dos meus serões já diferentes onde, uma noite, leu sem parar a Margem da Alegria, que tinha acabado de escrever. Quando em Agosto de 78 chegou a notícia de que o Rui tinha morrido, achei que estava certo e que só podia ser em Agosto, para não ser a custo. 

Em tempos de impossível alegria, quando no meu país não acontece nada e tanta gente em vão requer curvada o que de fronte erguida já lhe pertencia, é bom lembrar Ruy Belo, um dos nossos maiores poetas, e ouvi-lo dizer que vivemos, convivemos, resistimos, que somos mal feitos, pronto, mas que tudo é apenas o que é e que nada se perde por mais que aconteça. É bom encontramos na sua poesia um sítio onde se nega que se morre, uma vida - luminosa luz como ferro em fusão - para que não nos detenhamos nos umbrais das trevas e recordemos, vagueando pelos trilhos dos seus versos, o sinal desse silêncio que não permite desistir. 

(Manuela de Freitas in, passapalavra.info, 07 de Junho de 2009)



Ruy Belo, foto em casoseacasosdavida.blogspot.com.


Maggie Smith - A melhor das inglesas

Maggie Smith



Cena entre Peter Ustinov, Maggie Smith e Karl Malden.


«Maggie Smith pisou nos palcos pela primeira vez pela Universidade de Oxford em 1952, e fez sua estreia profissional em Nova Iorque, na New Faces 1956 Revue. Juntou-se à Old Vic Company em 1959, e começou a coleccionar prémios, incluindo o de melhor actriz de 1962 do Evening Standard, por seus papéis como Doreen em The Private Ear e Belinda em The Public Eye. Juntou-se ao National Theatre em 1963, interpretando Desdemona, junto com Laurence Olivier, em Otelo, e foi de sucesso em sucesso com Black Comedy, Miss Julie, The Country Wife, The Beaux Stratagem e Muito Barulho por Nada. Contudo, foi em 1969, com sua interpretação em A Primavera de uma Solteirona, que se tornou conhecida do grande público. Esta actuação lhe rendeu um Óscar e um prémio da Society of Film TV Arts de melhor actriz. Outros papéis no cinema se seguiram em: Viagens com Minha Tia (indicada ao Óscar de melhor actriz) e Morte sobre o Nilo. Em 1977, Smith ganhou seu segundo Óscar e um Globo de Ouro por seu papel na comédia de Neil Simon, Califórnia Suite.


Maggie Smith em 1971 nos camarins do Old Vic Theatre em Londres. sem data. John Olson.


Maggie Smith permanece fiel aos palcos ao longo de sua carreira no cinema e na televisão. Fez o papel-título de Hedda Gabler em 1970 e venceu seu segundo prémio de melhor actriz do Variety Club pela interpretação da sra. Millamant em Way of the World. Em 1970, Smith foi agraciada com a Comenda do Império Britânico e, em 1990, tornou-se Dame Maggie Smith. Foi premiada com o Hamburg Shakespeare Prize em 1991, é membro do British Film Institute, foi premiada com um BAFTA em 1993, e tem diplomas honorários de literatura da Universidade de Cambridge.»
(In, deepseries.wordpress.com/biografias/maggie-smith/)


Tributo a Maggie Smith.



(fotos John Olson e LIFE Archive)



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

NOLI ME TANGERE

de

João Bénard da Costa



Noli me tangere, Tiziano, 1511-1512, Óleo sobre Tela, National Gallery, London.

"Ouvia histórias de espantar. Familiares ou amigos mais distantes contavam-me como na província era bom: a visita do padre a todas as casas, ou um calicezito para o senhor abade, a roupa a corar, as casas todas a cheirar a enceradinho e a lençóis doces. Muitos bolos com nomes apetitosos. Hoje, ainda, pessoas com grandes talentos manuais passam a semana a amassar folares. Trago-os para ao pé de mim, mas sem grande sucesso, que nunca foram muito lá de casa e parecem abetos em mansões de presépios.
Em Lisboa, não havia nada disso. A tarde da Páscoa era tarde triste e o coração apertava-se a pensar no terceiro período, normalmente tão pequenino.

Pensando bem, acho que há uma razão para isso. No Natal, festeja-se o nascimento do Menino Deus. Presépio, palhinhas, reis magos. Tudo coisas que puxam à família e à verdade. Na Páscoa, mesmo que soubéssemos que era a maior das festas, misturava-se a morte e a vida, a Cruz e a pedra retirada do sepulcro. O corpo de Cristo, ressuscitado, impunha uma distância que nem era muito espírito nem era muito carne, por maior que fosse o mistério." (excerto do texto de João Bénard da Costa, in, Público, 08-04-2007)

Ler todo o texto Aqui



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Eliot Elisofon - Portugal 1948

Assim se faz Portugal


Eliot Elisofon
(1911-1973)


Já tinha publicado outras fotos de Eliot Elisofon de quando ele esteve em Portugal em 1948, mas essas estavam todas identificadas, enquanto estas só dizem "Atlantic Coast of Europe". Referem-se a uma viagem feita por Eliot Elisofon, desde a Noruega até Portugal, e acabando em Gibraltar (?), passando ao todo por nove países, sempre de carro ou barco e cuja reportagem a cores de 18 páginas foi publicada na Life Magazine em Junho de 1949. As fotos a cores bem as procurei mas não as encontrei.





Nascido em Nova Iorque em 1911, filho de imigrantes russos, Elisofon foi um fotógrafo autodidacta. Foi fotógrafo de moda comercial em seus anos mais jovens, depois foi progredindo, e começou a viajar pelo país como fotojornalista freelancer, fazendo imagens da devastação nacional e pobreza provocados pela Grande Depressão. E assim começou a fazer fotografias em procurava chamar a atenção sobre imundas condições urbanas que permaneciam negligenciadas. 





Em 1937, vendeu suas imagens para a LIFE Magazine. Em 1942, ingressou na LIFE como correspondente de guerra juntamente com uma série de outros fotojornalistas lendários, incluindo Alfred Eisenstaedt, Margaret Bourke-White, Eugene W. Smith, e Mydans Carl. Elisofon mais tarde fez uma série de levantamentos fotográficos praticamente de todos os cantos do globo. Ganhou uma reputação como técnico especializado e designer de iluminação, particularmente através de sua inovações revolucionárias na fotografia a cores. 





Além disso, sua paixão pela comida e vinho levou-o a tornar-se o primeiro fotógrafo autor de um livro de receitas. Elisofon permaneceu na LIFE em tempo integral até 1964, depois voltou à fotografia freelancer e começou a produzir projectos de filmes independentes. Quando Elisofon faleceu em 1973, com a idade de 62 anos, deixou para trás um impressionante conjunto de trabalhos como um dos principais fotojornalistas do século XX. 
(Texto encontrado em www.hrc.utexas.edu)







Algumas páginas da reportagem da LIFE.







(fotos LIFE Archive)



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mário Viegas como D. João VI

na Mini-Série francesa "Napoléon et L'Europe", 1990.


"Le Blocus" (O Bloqueio), foi um episódio sobre a 1ª invasão francesa a Portugal integrado na Mini-Série "Napoléon et L'Europe" (1990) e foi realizado por José Fonseca e Costa, com fotografia de Elso Roque. Esta  série era composta de seis episódios, todos (?) realizados por directores diferentes; José Fonseca e Costa, Eberhard Itzenplitz, Pierre Lary, Janusz Majewski, Krzysztof Zanussi e era protagonizada por Jean-François Stévenin como Napoleão. Foi uma co-produção para televisão da França, Canadá, Polónia, Bélgica.


Mário Viegas dá entrevista á RTP2, durante as filmagens de "Napoléon et L'Europe".



Tenho estas fotos em casa á muitos anos e foram me oferecidas pelo Daniel com quem trabalhei durante anos na Sic. Ele na altura tinha um empresa de castings e presumo que tenha feito o trabalho de casting para esta Mini-Série, "Napoléon et L'Europe". Ainda sobre o Mário Viegas a fazer de D. João VI; já não era a primeira vez que fazia o papel deste rei. Em 1979 teve um dos seus maiores êxitos teatrais com a peça D. João VI de Hélder Costa na Barraca e foi premiado no Festival de Teatro de Sitges, na altura um dos mais conceituados festivais de teatro do mundo. 



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Cinemas onde NÃO vi filmes: Cinearte



Fachada do Cinearte em 1940, pouco tempo após a sua abertura com o filme, Não o Levarás Contigo (You Can't Take It with You, 1938) de Frank Capra.

Nunca lá vi filmes mas conheço bastante bem as instalações porque fiz bastantes trabalhos de iluminação teatral para o grupo A Barraca, tanto na sala 1 como na sala 2. E, cheguei a ir (1983/84?) ao Cinearte quando estava já fechado para ver se tinha condições para se fazer lá um peça de Pasolini (Calderon) para o Teatro do Mundo, encenada pelo Mário Feliciano e com um elenco de luxo. Andámos a ensaiar durante meses e depois não conseguimos estrear, principalmente porque o encenador nunca estava de acordo com as salas que o Teatro do Mundo conseguia arranjar. Mais tarde fez a peça noutro local mas isso agora não interessa nada como dizia a outra. O Cinearte começou bem, com um filme de Frank Capra e segundo a minha pesquisa a jornais antigos, estreou bastantes mais, mas aos poucos (anos 50) foi começando a passar filme de "reprise", depois passou a dar dois filmes baratos e maus geralmente, e acabou a passar alguns mesmo muito maus mas, não chegou aos pornográficos, que eu saiba.


 Noticias no Diário de Lisboa em Fevereiro e Março de 1940, dias antes da abertura do Cinearte.


O Cinearte foi inaugurado a 14 de Março de 1940 com o filme de Frank Capra, Não o Levarás Contigo ("You Can't Take It with You" (1938) que tinha ganho dois Óscares da Academia (Melhor Filme e Melhor Realizador de 1938), recebendo ainda mais cinco nomeações. Clique para ler.


Cinearte, torre (não sei se o nome é este) e parte da fachada em 1940.

Da autoria do arquitecto Raul Rodrigues Lima, o Cinearte foi construído em 1938 para servir as necessidades culturais das freguesias circundantes (Lisboa / Santos-o-Velho). O projecto adoptado insere-se na corrente modernista à altura em voga na arquitectura civil portuguesa, símbolo de progresso com que o regime pretendeu dotar as obras públicas, e ainda hoje o aspecto compacto do edifício, coberto por terraço, contrasta flagrantemente com o casario que se desenvolve atrás em colina. Em 1990, nove anos depois de o cinema ter encerrado as portas, o espaço foi cedido à companhia de teatro "A Barraca", que aqui ainda hoje continua a trabalhar, e em 1993 construiu-se a Sala 2, segundo um projecto do arquitecto Rui Pimentel, que sacrificou uma parte significativa do espaço interno original.
(In, igespar.pt)

Fachada do Cinearte em 1940, consegue-se ler o 
titulo do filme: Não o Levarás Contigo de Frank Capra.

Cabine de projecção do Cinearte em 1940.


Interior do Cinearte em 1940.


Foyer do Cinearte em 1940.


Entrada do Cinearte em 1940, na foto da esquerda; a porta á direita é a entrada para a plateia (actual sala 1 do teatro A Barraca), as escadas dão para o foyer (foto da direita) e para o balcão, agora dão para o bar e para a sala 2. 


Os últimos filmes no Cinearte



(fotos da Fundação Calouste Gulbenkian)