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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Portugal em fotos da LIFE


Assim se faz Portugal


Palácio da Ajuda, Lisboa. Postal sem data.

Trajes típicos do Minho em Postais?, sem data.


Trajes típicos do Minho em Postais?, sem data.


Trajes típicos do Minho em Postais?, sem data.

Estoril, Portugal.1950. Gordon Parks.

Estoril, Portugal.1950. Gordon Parks.

Estoril, Portugal.1950. Gordon Parks.

Eurailpass na Europa: Estação de comboios de Aveiro (creio), Portugal. 1970. Carlo Bavagnoli.

Eurailpass na Europa: passagem de comboio, sobre a ponte ferroviária sobre o Rio Douro. Porto, Portugal. 1970. Carlo Bavagnoli.

Eurailpass na Europa: passagem de comboio, sobre a ponte ferroviária sobre o Rio Douro. Porto, Portugal. 1970. Carlo Bavagnoli.

Alcácer do Sal é uma das mais antigas cidades da Europa, fundada antes de 1000 a.C. pelos fenicios. Assim como as vizinhas e também fenícias Lisboa e Setúbal, fornecia sal, peixe salgado, cavalos para exportação e alimentos para os barcos que comerciavam estanho com a Cornualha. Durante o domínio árabe foi capital da província de Al-Kassr. D. Afonso Henriques conquistou-a em 1158. Reconquistada pelos mouros, só no reinado de D. Afonso II, e com o auxílio de uma frota de cruzados, a cidade foi definitivamente conquistada, tornando-se cabeça da Ordem de Santiago. Gravura sem data.

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (mais conhecido como Mosteiro da Batalha), situa-se na Batalha, Portugal, e foi mandado edificar em 1386 por D.João I de Portugal como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota. Este mosteiro dominicano foi construído ao longo de dois séculos até cerca de 1517, durante o reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali vivessem os primeiros dominicanos. Exemplo da arquitectura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino, é considerado património mundial pela UNESCO. Foto sem data.

O Mosteiro dos Jerónimos é um mosteiro manuelino, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos portugueses. Situa-se em Belém, Lisboa, à entrada do Rio Tejo. Constitui o ponto mais alto da arquitectura manuelina e o mais notável conjunto monástico do século XVI em Portugal e uma das principais igrejas-salão da Europa. Destacam-se o seu claustro, completo em 1544, e a porta sul, de complexo desenho geométrico, virada para o rio Tejo. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos. O monumento é considerado património mundial pela UNESCO. Foto sem data.

A Praça dos Restauradores situa-se em Lisboa e é caracterizada pelo alto obelisco, de 30 metros de altura, inaugurado em 28 de Abril de 1886, como custo de 45 contos de réis, que comemora a libertação do país do domínio espanhol em 1 de Dezembro de 1640. Foto sem data.

O Miradouro de Santa Luzia tem uma ampla vista sobre Alfama e o rio Tejo. Os pontos característicos, da esquerda para a direita, são a cúpula de Santa Engrácia, a Igreja de Santo Estêvão e as duas torres brancas da Igreja de São Miguel. A muralha sul de Santa Luzia tem dois modernos painéis de azulejos, um da Praça do Comércio de antes do terramoto e outro com os cristãos a atacarem o castelo de São Jorge. Foto sem data.

A Praça do Comércio, também conhecida por Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² . Em 1511, o rei D. Manuel I transferiu a sua residência do Castelo de São Jorge para este local junto ao rio. O Paço da Ribeira, bem como a sua biblioteca de 70 000 volumes, foram destruídos pelo terramoto de 1755. Na reconstrução, coordenada por Eugénio dos Santos, a praça tornou-se no elemento fundamental do plano do Marquês de Pombal. Os edifícios, com arcadas que circundam a praça, albergam alguns departamentos de vários Ministérios do Governo Português e ainda o famoso café Martinho da Arcada, o mais antigo de Lisboa, e um dos preferidos de Fernando Pessoa. Foto sem data.


A Torre de Belém é um dos monumentos mais expressivos da cidade de Lisboa. Localiza-se na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém. Inicialmente cercada pelas águas em todo o seu perímetro, progressivamente foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra firme. O monumento se destaca pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte; tais características remetem principalmente à Arquitectura típica de uma época em que o país era uma potência global (a do início da Idade Moderna). Classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1983. Foto sem data.


(Fotos LIFE Archive e textos Wikipedia)




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Lisboa por volta de 1900-1920

Assim se faz Portugal

De Charles Chusseau-Flavies pouco se sabe, o fotógrafo francês terá trabalhado entre 1890 e 1910. Consultando a parte do seu trabalho que se encontra na George Eastman House, parece tratar-se de um dos primeiros repórteres fotográficos freelancer. Viajava com facilidade e tinha acesso a várias famílias reais europeias.


 Hotel Avenida Palace na Praça dos Restauradores.

 Igreja de São Paulo.

Tinha também grande facilidade em fotografar quartéis e militares em exercício assim como o respectivo armamento, o que fez em vários países da Europa. Fotografava com muita frequência, cenas do quotidiano e fazia levantamentos etnográficos. Os ciganos na Roménia, negativos de alguma raridade e algumas vivências na Argélia, Marrocos e na Turquia, onde também adquiriu originais a (Sebah & Joailler), importante firma estabelecida em Constantinopla. Percorreu a maioria dos países da Europa. 


Mosteiro dos Jerónimos.

Palácio de São Bento, actual Assembleia da Republica.
  
Da colecção, uma das maiores da George Eastman House, fazem parte mais de 11.000 negativos em vidro. O conjunto foi entregue à Casa George Eastman pela Kodak Pathé em 1974. É provável que seja apenas parte da sua produção como fotógrafo isto porque, se atentarmos ao número de chapas em vidro feitas em França, uma insignificância, por exemplo da Exposição Universal de 1900 em Paris apenas se conhecem 2 chapas, leva-nos a suspeitar que a colecção na posse da George Eastman House não representa todo o seu trabalho. 


Mosteiro dos Jerónimos.

 Igreja de nossa Senhora da Encarnação.

Tal situação, leva-nos a concluir que a sua obra é muito mais vasta. Chusseau - Flaviens quando viajava adquiria trabalhos de outros fotógrafos e produzia a bordo uma cópia. Ele incluía frequentemente o nome do fotógrafo na anotação em francês ao longo da borda do negativo em vidro. Assim se explicam os negativos da Nova Zelândia, Japão, Abissínia na Etiópia e outros países para onde Chusseau-Flaviens não pode ter viajado em pessoa.


Estação do Cais do Sodré.

Largo de São Carlos, vendo-se o Governo Civil, mais o Teatro São Carlos, onde se vê os cartazes.

Na George Eastman House são em grande número os vidros da Bulgária, Roménia e Espanha. Surpreendente é o número de chapas sobre Portugal, cerca de 900 negativos em vidro. A sua diversidade geográfica contempla a cidade do Porto, com vistas de uma beleza rara a que a cidade já nos habituou e onde podemos ver o desembarcar do bacalhau na Ribeira. Cascais com as suas praias de pescadores, antes do turismo, os hotéis e os casinos as terem tomado; Mafra, Tomar e Sintra com os seus monumentos; Cacilhas, donde miramos a Lisboa do princípio do século XX; Coimbra, as pessoas, os estudantes e as tricanas, a universidade e o choupal. A sensibilidade de Chusseau - Flaviens quando regista os tipos sociais, os costumes, os vendedores ambulantes: de azeite, de carvão, de leite, de legumes, de aves, de peixe, de ostras, de pão, de perus, de alhos e cebolas, os aguadeiros, os varredores de rua, as lavadeiras, os calceteiros e a calçada portuguesa, os trolhas e os galegos nas mudanças, tudo estimula o estudo da cidade de Lisboa no inicio do século XX.


A legenda da foto diz: Lisboa Portugal Hotel de Ville; é hoje o edificio da Camara Municipal.

 Palácio da Ajuda.

Fotografou o exército português: a cavalaria, a infantaria, a artilharia nos quartéis e em manobras. Fotografou a marinha, os marinheiros e os seus barcos: o Douro, o Vasco da Gama, o Almirante Reis, o Tejo, o D. Amélia e o Dom Luís. Um grande número de fotografias da família real portuguesa, D. Carlos, D. Amélia, D. Afonso e D. Manuel II. Em alguns dos negativos em actos oficiais mas, noutros negativos em situações menos formais ou pousando desportivamente para a câmara. D. Manuel II simulando esgrima ou com uma raquete de ténis na varanda do Palácio da Pena. Os primeiros republicanos, da carbonária como António Maria da Silva até ao primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga na varanda do Palácio de Belém.


Igreja de São Luís dos Franceses.

Cadeia Penitenciária de Lisboa (interior).

A colecção conta também com retratos de António José d’Almeida, João Chagas, Magalhães Lima, Braamcamp Freire, Afonso Costa, A. de Azevedo Vasconcelos, Teófilo Braga e o Patriarca de Lisboa D. António Mendes Belo. Apesar de algumas das fotografias terem sido adquiridas a fotógrafos e estúdios fotográficos portugueses como à Foto Vasques, não é de excluir que Chusseau – Flaviens tenha estado no nosso país pelo menos até 1910. A colecção conta ainda com uma fotografia da Rainha D. Amélia, muito nova, por volta de 1872, seguramente adquirida ou oferecida ao fotógrafo. 

(Texto (excerto), da Associação Portuguesa de Photographia)


Cadeia Penitenciária de Lisboa  (Telhados). 

Prisão do Limoeiro (na altura prisão para mulheres).

Palácio da Ajuda.

 Praça de Touros do Campo Pequeno.

Praça Luís de Camões.

Praça Luís de Camões.

Calçada do Carmo.

  Avenida 24 de Julho.

 Praça de Dom Luis I.

 Rua do Comércio.



(Fotos da George Eastman House)



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Portugal na década de 30 - Fotos


Assim se faz Portugal



Sala de aula em uma prisão em Portugal, local não identificado. 1931

«Na década de 30, do século XX, o Estado Novo acabava de se implantar. A nível político vivia-se ainda, sobretudo nas cidades, o rescaldo das lutas dos últimos tempos da República, embora de uma forma muito interiorizada, pois, dada a existência de polícia política, era pouco prudente expressar certas opiniões. Portugal era um país pobre, com cerca de 50% da população vivendo da agricultura, com um índice de analfabetismo de mais de 75% para as mulheres e 70% para os homens, que assim se viam privados do direito de votar. A mortalidade infantil era grande. Sendo as famílias numerosas, era usual ouvir-se "tive seis filhos mas morreu-me um".

Prisão em Portugal, 1931. Local não identificado mas, talvez 
seja o Limoeiro entre o bairro de Alfama e o Castelo.


As comunicações faziam-se sobretudo verbalmente, pois os telefones e rádios eram escassos e a televisão inexistente. Nas cidades, porém, havia o cinema, que atingiu, aliás, grande esplendor nessa época. A vida dos campos - sem eletricidade, água canalizada (a água era trazida em cântaros da fonte) ou esgotos, aparelhagens elétricas ou outras máquinas - muito se devia assemelhar à vida de há centenas de anos. O ritmo de vida era marcado pelo Sol, a terra cultivada pela força braçal e dos animais, a maioria dos produtos feitos pelos próprios agricultores e suas famílias. 


Fábrica de sardinhas em Setúbal. 1931


Assim, uma dona de casa (que também trabalhava nos campos) semeava o linho, cultivava-o, colhia-o, espadava-o, fiava-o, tecia-o e com ele fazia camisas que os filhos levavam orgulhosos à missa. As crianças das aldeias ajudavam a família logo a partir dos 6 ou 7 anos nos trabalhos do campo, ou, no caso das famílias mais pobres, migravam para vilas e cidades - as raparigas muitas vezes para servir de criadas na casa de pessoas ricas ou abastadas, enquanto que os rapazes ajudavam nas mercearias, dormindo sobre sacos de carvão, esperando amiúde por uma oportunidade de emigrar para o Brasil, arranjar um emprego nas obras, na Carris, na Guarda Republicana ou de se estabelecerem por conta própria.»
(In, infopédia) Ler Aqui


 Praça Marques de Pombal em Lisboa. 1930

Vista panorâmica de Lisboa, ao fundo o Palácio da Ajuda. 1935

Costa do Estoril, antes de ser feita a marginal. 1935


(fotos gahetna.nl)