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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Käthe Kollwitz

"Eu estou no mundo para mudar o mundo"

Käthe Kollwitz


Käthe Kollwitz. Auto-Retrato, 1898. 


"Quero actuar no meu tempo, no qual a humanidade  
está tão desorientada e precisando de ajuda" 
Käthe Kollwitz

Käthe Kollwitz, Insurreição. 1899. 



Com traços do Naturalismo e do Expressionismo, expressado através dos meios gráficos de desenho, gravura, litografia e xilogravura, Käthe Kollwitz, abraçou as vítimas da pobreza, fome, e guerra. Carregado por marisayutub em 30/07/2009.


«Käthe Kollwitz (1867-1945) foi uma artista plástica alemã cuja obra – prolífica fundamentalmente a nível do desenho e da gravura – se constituiu como um eloquente e perturbador retrato da condição humana durante a primeira metade do século XX, e é atualmente considerada uma das maiores desenhadoras e litógrafas de todos os tempos. Nasceu Käthe Schmidt em Königsberg, casando com o médico berlinense Karl Kollwitz em 1891.
A sua extraordinária aptidão para o desenho havia já sido descoberta e estimulada pelo seu pai, que foi responsável por proporcionar-lhe formação privada com diversos artistas até ter ingressado na escola artística para mulheres em Berlim.
Käthe Kollwitz pertence a uma geração de artistas anterior aos expressionistas. Se tanto, poderá ser associada ao movimento proto-expressionista, fundado no rescaldo da I Guerra Mundial por Otto Dix e George Grosz. O movimento era caracterizado por um estilo realista combinado com uma perspectiva cínica, socialmente crítica e filosófica profundamente enraizada num sentimento comum anti-guerra.

Käthe Kollwitz. Mãe com o filho morto (Pietá). 1937/38. 

O cenário de devastação e clima de angústia generalizados, motivados por uma transição entre séculos profundamente marcada por sucessivas guerras e revoluções na Europa, criaram as condições favoráveis à emersão de um sentimento existencialista que levou os artistas plásticos a debruçarem-se largamente sobre o tema primordial de todos os temas da arte: a condição humana.
A obra de Käthe Kollwitz representa um doloroso mergulho num mundo onde as figuras estão marcadas por uma obscuridade opressora, em que predominam as referências à morte, à pobreza, à injustiça social, à dor, à doença. É discutido que o próximo contacto com os pacientes do seu marido constituiu uma exposição ao sofrimento que condicionou a natureza do seu trabalho. Este é de uma rudeza impressionante – acentuada pelo carácter incisivo da própria expressividade a preto e branco do desenho e da gravura – que pode mesmo ser confundida com uma certa pobreza estética.
Mas terá que haver um esforço para ver para além da confusão: os desenhos e gravuras de Kollwitz exprimem de forma densa e intensamente emotiva a visão sobre um mundo destroçado, povoado de caos e desastre, mundo esse simbolicamente ligado ao seu próprio tumulto interior – que se pode comprovar pela quantidade de auto-retratos realizados pela artista.

Käthe Kollwitz, Losbruch (Outbreak). 1903.

Käthe Kollwitz, Campo de batalha. 1907. 

Käthe Kollwitz, Mulher doente e seus filhos. 1920.

Corpos encolhidos, contorcidos, de feições endurecidas e determinadas, por vezes diluídos em puras manchas negras que se confundem com as sombras, compõem o retrato de um mundo desordenado pela violência, pela guerra e pelo horror. O fato de ter perdido um filho na Primeira Guerra Mundial e um neto na Segunda, bem como o fato de ter sobrevivido à morte do marido em 1940, acentuou um profundo declínio para a depressão nos anos que se seguiram. A sua obra revelou uma inflexão claramente para o tema da morte.
Apenas contribuiu para avolumar um sentimento de revolta, declaradamente anti-guerra, que não lhe proporcionou quaisquer simpatias políticas. Com a chegada ao poder do regime nazi, em 1943, a obra de Kollwitz foi considerada ‘degenerada’ e esta foi proibida de expor publicamente e forçada a demitir-se da Academia de Arte de Berlim. Ainda assim, ao contrário de artistas como Max Beckman ou George Grosz, nunca abandonou a cidade. Morreu a 22 de Abril de 1945, sem ter assistido ao fim da guerra.» (In, sobre-mulheres.blogspot.pt)


Käthe Kollwitz, Trabalhadores voltando para casa na Estação Ferroviária de Lebrter. 1897. 

Käthe Kollwitz, Entrada para a arena. 1912. 

Käthe Kollwitz, Lamento, auto-retato. 1938/40.

Käthe Kollwitz, Ataque - A Revolta dos Camponeses. 1895/97.

Käthe Kollwitz, Os Oprimidos. 1900.

Käthe Kollwitz, Mulher em pano verde. 1903.

Käthe Kollwitz, A Morte e a Mulher, auto-retrato. (1910).

Käthe Kollwitz (1867-1945)


"É meu dever expressar o sofrimento do homem, o
sofrimento interminável amontoado na montanha."
Kathe Kollwitz



(fotos encontradas na net)



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Pietá de Miguel Ângelo


A Pietá (em português Piedade) de Miguel Ângelo é talvez a Pietá mais conhecida e uma das mais famosas esculturas feitas pelo artista. Representa Jesus morto nos braços da Virgem Maria. A fita que atravessa o peito da Virgem Maria traz a assinatura do autor, única que se conhece: MICHAEL ANGELUS. BONAROTUS. FLORENT. FACIEBA(T), ou seja, Miguel Angelo Buonarotus de Florença fez.
 


Em 21 de setembro de 1498 o cardeal francês Jean Bilhères de Lagraulas encomendou a Miguel Ângelo uma imagem da Virgem para a Capela dos Reis de França, para a antiga basílica de São Pedro. Juntando capacidades criadoras geniais a uma técnica perfeita, o artista toscano criou então a sua mais acabada e famosa escultura: a Pietá.  Trata-se de um trabalho de admirável perfeição, organizado segundo um esquema em forma de pirâmide, um formato muito utilizado pelos pintores e escultores renascentistas.



O requinte e esmero da modelação e o tratamento da superfície do mármore, polido como um marfim, deram-lhe a reputação de uma das mais belas esculturas de todos os tempos. Michelangelo tinha 23 anos. Em função da pouca idade, muitos não acreditaram que fosse o autor. Assim, por isso teria inscrito o nome na faixa que atravessa o peito de Maria. 
(In, Wikipédia)


Pormenor da fita com o nome de Miguel Ângelo e Pedreiras de Carrara.


Fotos LIFE Archive