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domingo, 15 de julho de 2012

Alfred Eisenstaedt


"O mais importante não é a câmara, mas sim o olhar."
Alfred Eisenstaedt



Dono de algumas das fotografias mais importantes da história, Alfred Eisenstaedt construiu uma carreira brilhante, que durou mais de 50 anos. Nascido em 6 de Dezembro de 1898 na antiga Prússia (actual Polónia), mudou-se para Berlim com apenas 8 anos, deixando a cidade somente após Hitler tomar o poder.

O olho de Alfred Eisenstaedt, pelo próprio. 1954.

Sua história com a fotografia começou aos 14 anos, quando ganhou, de seu tio, uma Eastman Kodak nº 3 de fole. Aos 18, foi para o exército alemão, combatendo na Primeira Grande Guerra (1918). Com sorte, foi o único sobrevivente de uma explosão de granada, que afectou suas pernas. Assim que se recuperou, voltou a fotografar. 
Por conta da ascensão do Nazismo na Alemanha, mudou-se para Nova Iorque, onde passou o resto de sua vida. Por um tempo, trabalhou como vendedor de cintos e botões. Com o dinheiro que economizava das vendas, investia em equipamentos. Alfred começou simples: o banheiro da sua casa se transformou num laboratório de revelação; vendeu sua primeira fotografia para o jornal local por 12 dólares. No auge dos seus 31 anos, conseguiu um emprego na Pacific and Atlantic Photos, que, mais tarde, seria a famosa agência Associated Press. 

Um marinheiro beija apaixonadamente uma enfermeira de uniforme, durante as comemorações do fim da guerra nas ruas de Nova York, em Times Square. 14 Agosto, 1945. Na segunda foto é o próprio Alfred Eisenstaedt, que beija uma mulher. São duas fotos de uma série tiradas no mesmo dia por Alfred Eisenstaedt. 


Com um estilo forte de fotografar, Alfred foi procurado por vários fotógrafos, entre eles Margaret Bourke-White e Henry Luce. Os dois convidaram Alfred para participar de um projecto anónimo. Seis meses depois, este projecto se tornou a grande revista LIFE, dentro da qual Alfred publicou mais de 2500 imagens e foi capa de 90 edições.
Alfred fotografou os estragos da Segunda Guerra no Japão, a pobreza na Itália e registou os mais importantes eventos políticos de sua época. Durante sua carreira, também fotografou muitas personalidades. Como qualquer fotógrafo, tinha sua modelo predilecta: Sofia Loren era a sua queridinha.

Sophia Loren, Marcello Mastroianni durante as filmagens de Matrimonio 
all'italiana (Matrimónio à Italiana, 1964) de Vittorio De Sica. Napoles, 1963.

Sophia Loren, Marcello Mastroianni e Vittorio De Sica, durante as filmagens de 
Matrimonio all'italiana (Matrimónio à Italiana, 1964) de Vittorio De Sica. Napoles, 1963.

Sophia Loren, Marcello Mastroianni e Vittorio De Sica, durante as filmagens de 
Matrimonio all'italiana (Matrimónio à Italiana, 1964) de Vittorio De Sica. Napoles, 1963.

Tudo que fotografava se tornava bem mais do que uma fotografia. Uma das suas maiores qualidades era justamente se tornar íntimo do assunto fotografado, conseguindo captar a essência de cada cena, tornando-a poderosa o bastante para jamais ser esquecida. Entre suas imagens mais famosas está o beijo na Times Square entre um marinheiro e uma enfermeira que comemoravam o fim da Segunda Guerra Mundial. Apesar do mito de o retrato não ser espontâneo, a imagem se tornou símbolo de paz mundial e um ícone da fotografia.

Atmosfera de Paris, prostituta trabalhando na rua. Paris, 1931. 
Mulher debaixo de candeeiro em Montmartre. Paris, 1963.


Com a vida feita em Nova Iorque, Alfred só regressou à Alemanha aos 81 anos, para participar de uma exposição em sua homenagem, que exibia registos do país nos anos 30. A fotografia foi sua companheira até os últimos dias de vida. Alfred morreu em 24 de Agosto de 1995, aos 95 anos. O legado deixado por esse grande artista da fotografia lhe faz eterno, um grande mestre. 

(Texto de Francine de Mattos em fotografeumaideia.com.br)


John Wayne e Robert Evans (produtor e responsável da Paramount), durante as 
filmagens de True Grit (A Velha Raposa, 1969) de Henry Hathaway. Hollywood, 1968.


 Homem de pé no meio da serração da Seattle Cedar Lumber Manufacturing. Seattle, 1939.
Idosa caminhando com dificuldade ao longo da rua, com casal de noivos ao fundo. Paris, 1963.


Padres franciscanos caminhando na Via Porta Perlicinin. Assisi, Italia, 1947. 
Padre faz esboços das estátuas danificadas da Abadia de Monte Cassino. Itália, 1947.


Pessoas andando através de um tunel. Zagreb, Croácia (na altura parte da Jugoslávia), 1948.
Alfred Eisenstaedt - Some No Captions- Some Portraits 1970'S.


Alfred Eisenstaedt sentado no colo de Tomojiro Sakata, um campeão 
ex-lutador de sumô e candidato do Partido Trabalhista do Japão, Tóquio, 1946.



(Fotos Alfred Eisenstaedt e LIFE Archive)




sábado, 7 de julho de 2012

Formas de vender



Mas  a  publicidade,  como  a  comédia  clássica,  
visa  o verossímil em vez da verdade.”
(Louis Quesnel)


«Mensagens comerciais e campanhas políticas foram encontradas em ruínas da antiga Arábia. Egípcios usavam papiros para criar mensagens de venda e cartazes, enquanto o conhecido panfleto (flyer) de hoje podia ser facilmente encontrado na antiga Grécia e Roma. Pinturas em muros ou rochas utilizadas como propagandas eram outras formas encontradas no tempo antigo e é utilizada até hoje em várias partes da Ásia, África e alguns países da América do Sul. A tradicional pintura nas paredes pode ser encontrada desde expressões artísticas em rochas feitas por populações indígenas que datam de 4.000 AC até pinturas desenvolvidas nos séculos XV e XVI que auxiliavam a divulgação de volantes na época. No século XVII as propagandas começaram a aparecer em jornais semanais na Inglaterra. Esses anúncios eram utilizados para promover livros e jornais, que patrocinavam a imprensa, e medicamentos, que se tornaram muito procurados após algumas doenças terem devastado a Europa.» (In, wikipedia.org)


"É tão fácil vender um presidente como um sabonete"
(Emidio Rangel)

Estátua de Leonardo Da Vinci com anúncios como
 pano de fundo. Milão, Itália. 1947. Alfred Eisenstaedt.

Anúncios na Piazza del Duomo. Um dos anúncio é de um filme com uns imitadores italianos de Abbott e Costello, de nome, Gianni e Pinotto, muito conhecidos nesta época. Milão, Itália 1947. Alfred Eisenstaedt.

Anúncio de filme americano. Madrid, Espanha, 1949. Dmitri Kessel.

Anúncio do novo carro americano da Mercury. Tsingtao, China 1948. Carl Mydans.

Anúncio de filme americano. Madrid, Espanha, 1949. Dmitri Kessel.

 Anúncio de Cacau da Cadbury. Inglaterra, 1920 e anúncio para uma das 
primeiras máquinas de escrever (Hammond, typewriter). Inglaterra, 1889.

Anúncio do filme The Spy in Black de Michael Powell e Emeric Pressburger com Conrad Veidt, também escrito em árabe, em Ismailia Square. Cairo, Egito, 1940. Margaret Bourke-White.

Anúncio de sabão Pear's com as mulheres a cumprimentar 
um limpador de chaminés. Inglaterra, 1892.
Anúncio para uma das primeiras máquinas de escrever (Hall typewriter). Inglaterra, 1884.

Anúncio da apresentação do conjunto de jazz de Boyce Brown no Club Silhouette em Nova York nos anos 40. Anos depois Boyce Brown foi para padre.

Anúncio dos sapatos Dolcis, nos anos 50,



Cartazes da Oldsmobilel, usados durante a produção de 
automóveis em Detroit como campanha a favor da guerra. 1942.

Anúncio que inspirou a realização da experiencia para encher 
camiões com água de sabão. EUA, 1947, Ralph Morse.



(Fotos LIFE Archive)







sábado, 3 de março de 2012

Margaret Bourke-White - Alemanha 1945

Vista aérea da catedral de Colónia na Alemanha e ponte sobre o 
rio Reno, após os ataques aéreos aliados sobre a cidade. 1945.


«A primeira equipe de fotógrafos da Life era composta de três homens e uma mulher, Margaret Bourke-White. Nas palavras de um companheiro dela nos primórdios da Life, Margaret usava tanta luz para fotografar que parecia dizer ao sol que ele não era suficiente. Margaret não era apenas uma fotógrafa brilhante, incansável, aventureira , destemida. Era também uma mulher bonita, chique, sedutora  e extremamente ambiciosa. Margaret foi escolhida para cobrir a Segunda Guerra Mundial na Europa, ao lado de um colega fotógrafo. Os generais americanos adoravam sua companhia. Margaret saiu com muitos deles, gente poderosa que podia abrir a ela as portas para grandes fotos da guerra. Não demorou muito e o outro fotógrafo da Life escalado para cobrir a guerra  recebeu um telegrama irado do director de redacção. “O que está acontecendo?”, se queixava o director. “A Margaret  tem mandado fotos incríveis para nós, muito melhores que as suas.” O telegrama de resposta do fotógrafo entraria para a história da Life como o melhor texto não publicado pela revista: “A Margaret  tem equipamentos que eu não tenho”.»
(www.diariodocentrodomundo.com.br)


As grandes torres da Catedral de Colónia ao lado dos 
escombros de um prédio bombardeado pelos Aliados. 1945.

Ponte sobre o Rio Reno destruída por bombardeiros 
dos Aliados na cidade de Colónia na Alemanha. 1945.


«Os soldados meus camaradas tendiam com facilidade para a rapina, a violação e o fuzilamento dos prisioneiros de guerra. A única coisa que os continha era a vigilância imposta pelo exército. Ao mesmo tempo, o facto de ver as mulheres e as raparigas alemãs a viverem entre ruínas e a venderem os corpos por uns maços de cigarros - a moeda de então - libertou-me de qualquer sentimento antigermânico que, enquanto judeu, pudesse acalentar. Nem a revelação posterior do Holocausto fez com que mudasse o que sentia a respeito dos alemães comuns. Eles também sofreram - mais do que a maior parte dos americanos imagina. E não estava muito convencido de que os soldados americanos que conhecia pertencessem a uma espécie diferente da dos seus homólogos alemães.» 
(Irving Kristol in, ponteirosparados.blogspot.com)


 Vista aérea da cidade de Munique, 1945.


Soldados americanos no corpo principal da 
Catedral de Colónia depois do bombardeio. 1945. 

Soldados americanos no corpo principal da 
Catedral de Colónia depois do bombardeio. 1945. 

 A cidade de Hannover depois dos bombardeamentos, 1945.

Militares e civis em 1945 andando livremente no Portão de Brandeburgo no sector russo de Berlim após o fim da Segunda Guerra Mundial, antes dos atritos EUA/União Soviética. 1945.

Civis num comboio superlotado deixando Berlim em 1945.

Soldado americano conversando em Berlim com 
uma mulher alemã que apanha banhos de sol, 1945.




(Fotos de Margaret Bourke-White e LIFE Archive)





quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

As Ilhas do Pacífico nos anos 50 - Eliot Elisofon

por
Eliot Elisofon 
(1911-1973)






Nascido em Nova Iorque em 1911, filho de imigrantes russos, Elisofon foi um fotógrafo autodidacta. Foi fotógrafo de moda comercial em seus anos mais jovens, depois foi progredindo, e começou a viajar pelo país como fotojornalista freelancer, fazendo imagens da devastação nacional e pobreza provocados pela Grande Depressão. E assim começou a fazer fotografias em procurava chamar a atenção sobre imundas condições urbanas que permaneciam negligenciadas.





 Em 1937, vendeu suas imagens para a LIFE Magazine. Em 1942, ingressou na LIFE como correspondente de guerra juntamente com uma série de outros fotojornalistas lendários, incluindo Alfred Eisenstaedt, Margaret Bourke-White, W. Eugene Smith, e Carl Mydans. Elisofon mais tarde fez uma série de levantamentos fotográficos praticamente de todos os cantos do globo. Ganhou uma reputação como técnico especializado e designer de iluminação, particularmente através de sua inovações revolucionárias na fotografia a cores. 





Além disso, sua paixão pela comida e vinho levou-o a tornar-se o primeiro fotógrafo autor de um livro de receitas. Elisofon permaneceu na LIFE em tempo integral até 1964, depois voltou à fotografia freelancer e começou a produzir projectos de filmes independentes. Quando Elisofon faleceu em 1973, com a idade de 62 anos, deixou para trás um impressionante conjunto de trabalhos como um dos principais fotojornalistas do século XX. (Texto encontrado em www.hrc.utexas.edu)










(fotos Eliot Elisofon e LIFE Archive)