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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Rio Bravo e a Guerra dos sexos

Rio Bravo de Howard Hawks 
Fotos de Allan Grant - 1958


Howard Hawks avaliando uns collant's com Angie Dickinson 
e John Wayne, durante as filmagens de Rio Bravo. 1958.


Guerra dos sexos
Texto de
Manuel Cintra Ferreira

Coisas boas em jornais

Angie Dickinson tomando banhos de sol durante as filmagens de Rio Bravo. 1958.

Há quem defenda a tese de que Howard Hawks apenas fez comédias ao longo da sua carreira de cineasta. Se nela é difícil encaixar filmes como A Grande Ofensiva, Terra de Faraós e, principalmente, A Vida é.. o Dia de Hoje, já o mesmo não se passa com os seus «westerns», onde as relações entre homem e mulher reproduzem as que têm lugar nos filmes «reconhecidos» como comédias, Duas Feras, Fizeram-me Passar por Mulher, Bola de Fogo, etc.

Howard Hawks dirigindo John Wayne e Angie Dickinson em Rio Bravo. 1958.

O caso mais flagrante é exactamente o «western» mais famoso de Hawks, este genial Rio Bravo. Aqui encontramos todos os «equívocos» que marcam aquelas comédias, mais ou menos camuflados pelas relações de amizade entre os homens. Rio Bravo é, antes de mais, a história de uma «conquista», a do irrascível e misógino John T. Chance (John Wayne) pela glamorosa «Feathers» (Angie Dickinson), em que ela se serve de tudo (golpes «altos» e «baixos») para levar a água ao seu moinho. Chance vai-se deixando «levar», com gosto finalmente, mas nem por isso de forma menos renitente. 

John Wayne e Angie Dickinson em Rio Bravo.

O que há, antes de mais, e permanece subjacente a essa «submissão» é a desconfiança em relação à mulher que todo o herói de Hawks manifesta. Desconfiança que deriva de feridas pessoais que alguma lhe provocou ou que testemunha num seu amigo, neste caso, Dude (Dean Martin) conhecido como «El Borrachón», por se entregar à bebida depois de abandonado pela mulher que amava (o filme começa com uma espantosa sequência de pelo menos 5 minutos sem palavras, que apresenta Dude no máximo da degradação). Se relação «fiel e verdadeira» aqui existe é a que une Chance e Dude, cada um capaz dos maiores sacrifícios pelo outro (inclusive a própria segurança e vida, quando Dude fica refém dos pistoleiros). Todos os encontros de Chance com Feathers se colocam sob o signo da provocação, que é também, neste meio especial dos personagens hawksianos, a forma de se manifestar admiração, amizade e, mais tarde, o amor. 

Howard Hawks dirigindo John Wayne e Angie Dickinson em Rio Bravo. 1958.

O primeiro encontro dos dois é um dos mais cómicos «gags» do cinema de Hawks, e uma irresistível brincadeira tipicamente hawksiana com a imagem viril de John Wayne (Feathers entra no quarto e surpreende o hoteleiro com as calcinhas de renda da mulher na mão, em frente à cintura de Chance, e quando se despede grita-lhe, «Sheriff, esqueceu-se das calças»!, perante o embaraço dele). E o último é praticamente a rendição incondicional de Chance. De facto o «duelo» Chance-Feathers talvez seja o verdadeiro confronto de Rio Bravo, vindo sobrepor-se à amizade Chance-Dude (este começa a afastar-se quando a relação entre os outros dois adquire uma forma mais íntima). A volta dele tem lugar o conflito clássico do «western», com a cidade ameaçada por um poderoso rancheiro que quer libertar o irmão acusado de assassínio, numa série de acções que são outras tantas provas que os personagens têm de passar para a resolução de todos os conflitos.

Guerra dos sexos
Texto de Manuel Cintra Ferreira
em Expresso, 24 Agosto 96


Howard Hawks dirigindo Angie Dickinson em Rio Bravo. 1958.

Howard Hawks dirigindo Angie Dickinson em Rio Bravo. 1958.

Howard Hawks dirigindo John Wayne e Angie Dickinson em Rio Bravo. 1958.


(Fotos de Allan Grant e LIFE Archive)


sábado, 23 de março de 2013

O militante do cinema


Manuel Cintra Ferreira 
(1942−2010)

Coisas boas em jornais

Cineastas favoritos: John Ford, John Ford e John Ford. Filme preferido: «A Desaparecida» que, reza a lenda terá visto mais de uma centena de vezes. Duvida-se que acredite já saber o filme de cor. Actor de eleição: John Wayne. Local de férias habitual: Campo de Ourique. Há aqui uma soberana harmonia que diz muito bem da pessoa que assim se passa para a prosa, nada turva, homericamente simples, porque quem sabe, sabe e não precisa de florear sobre o vazio. É muito fácil adivinhar de quem assim se fala. Manuel Cintra Ferreira, o crítico mais carismático da «praça» também por todas estas idiossincrasias, conhecido como possuidor de uma memória assombrosa e uma capacidade de trabalho verdadeiramente extraordinária.

Manuel Cintra Ferreira na antiga sala da Cinemateca. 1991. 
Foto Carlos Didelet, copiada do Jornal Se7e.

Segundo ele (porque eu acredito que se trata de um daqueles casos nascidos já com um gene estranho qualquer inatamente adaptado à coisa cinema), segundo ele, o vírus começou aos seis anos e foi o «coup de foudre». O filme era o «José do Telhado». As luzes, o movimento, tudo aquilo me apaixonou imediatamente. A partir daí sempre que podia estava lá caído.  Depois, foi como sempre é: aquilo que nos interessa passa doravante a ser objecto de um esquadrinhar sem tréguas até que o coração nos doa, e tem que ser muito. Primeiro os actores, que são para o garoto a parte mais real, estão ali, mexem-se. A seguir comecei a querer saber quem é que fazia, como é que se fazia, porque é que se fazia. Lia tudo o que havia. Não é muito dificil imaginá-lo tardes esquecidas na Biblioteca Nacional, quando esta era ainda sita no largo do mesmo nome, embrenhado em alfarrábios possantes, jornais e revistas (O «Diário de Noticias», o «Século»),  até chegar à fase de começar a elaborar fichas para nunca mais perder a mania.
A primeira prosa aconteceu de maneira curiosa e pela mão de Luís de Pina.  Pode-se dizer que foi ele quem, sem me conhecer, me iniciou nestas coisas da escrita. Foi através de duas cartas que lhe enviei a pedir (muitas) informações. Estava-se em 1959. Mais tarde MCF ingressa nos circuitos cineclubistas, que a curiosidade não era qualquer circuito comercial que a satisfazia. Acasos acabaram por o levar para o Cineclube Imagem, onde acabou por fazer parte da direcção durante vários anos. Foi por essa altura que comecei a escrever as minhas notazinhas — como ainda hoje, modesto, continua a referir os seus textos — em regime de voluntariado, é claro. Éramos uns carolas que faziam de tudo, desde traduções a textos originais. Foi aí que me tornei um verdadeiro militante do cinema.

John Wayne em A Desaparecida de John Ford.

No início dos anos setenta, devido a certos problemas que começavam a infectar o cineclubismo, afastou-se um pouco. Como aficcionado que se preza, porém, ia ver tudo, comprava todos os livros (insiste em ser sempre o primeiro a descobrir as novidades das Distris) e dedicava-se às revistas que iam aparecendo. Os sacrossantos Cahiers Du Cinema — que já então eu não via com muito bons olhos — (oh preconceitos!), a Positif, a Cinema Nuovo. Americanas nicles. E continuo a achar que os americanos têm vindo a colocar as questões do cinema de forma muito mais correcta que os franceses.
No período que sucedeu imediatamente ao 25 de Abril, também para estes lados as coisas aqueceram e começaram a surgir publicações nacionais diversas que MCF se diverte a recordar, fazendo sempre a vénia devida a Lauro António e a Duarte Ramos, os grandes impulsionadores de quase todos os actualmente nomes grandes da crítica. Entretanto, ia mais sobrevivendo que vivendo ali pelas bandas da Rua do Quelhas, como realizador da Antena Um, fazendo  coisas mais burocratas que criativas.  Não gosta de se alargar sobre o assunto que visivelmente não deixou grandes memórias. Até a Maria José Mauperrin o convidar para uma participação regular no memorável, saudoso, Café Concerto, onde apresentava apontamentos de tudo o que ao cinema dissesse respeito.

Manuel Cintra Ferreira no Café Concerto. 1983.
Foto copiada do Jornal Expresso.

A partir do meio dos anos oitenta já o seu percurso é público e a notoriedade inabalável. Aconteceu o «Expresso» (foi uma escola óptima, fundamental, com o João Lopes, o Leitão Ramos, o A.M. Seabra e o Vicente Jorge Silva),  a Cinemateca, a convite de Luís de Pina e Bénard da Costa e, mais recentemente, o «Público», onde escreve «como se disso dependesse a sua sesta». O Vicente meteu-se nessa história e fomos convidados a quase juntar a mesma equipa. Devo dizer que assim à primeira vista fiquei um bocado receoso. Mas acredito sempre numa experiência e nunca me arrependo. Aprendemos sempre qualquer coisa. Se eu soubesse o trabalho que me ia dar!... Ri-se e percebe-se que não está nem um pouco arrependido. Da capacidade de trabalho que aquelas páginas testemunham avança muito simplesmente: é que não consigo estar sossegado. Uma conversa, um filme, até a dormir estou sempre a pensar em coisas para escrever.  Garante que dorme o normal, deita-se à uma e levanta-se às sete. O normal. O normal?! Também deve achar normal os intermináveis ficheiros que possui sobre cinema, em papel e, sobretudo, na cabeça. E claro que é inacreditável. Só mesmo assistindo à frequência com que responde prontamente às perguntas de toda a gente sobre filmes estreados há um, dez, cinquenta anos, como se nada fosse.
Da crítica prefere não tecer considerações pessoalizantes, obviamente melindrosas, mas frisa o facto de ter havido períodos bem mais interessantes que o actual. Nos anos 30, altura do Cinéfilo e da Imagem, de António Lopes Ribeiro e José Gomes Ferreira, em que a critica era bastante capaz e agressiva e, depois, na altura do cinema novo, em que a critica era muito mais viva, provocante e, em certa medida, mais eficaz, não só para o público leitor como para a própria actividade cinematográfica. Sobre todas essas questões que são também o cinema, MCF afirma ser atribuição do critico pronunciar-se, coisas tão desagradáveis como ver um filme ser exibido num formato diferente daquele em que foi concebido, ou o desastre que é a exibição ser agora de pior qualidade do que quando havia censura, ou da forma como os filmes portugueses são, ou não são, exibidos. Mas, remata: o melhor crítico que existe é o tempo. Daí achar um pouco forçado autodenominar-se crítico. Sou um tipo que gosta daquilo que faz, tenta valorizar aquilo que gosta e não sente necessidade de destruir necessariamente aquilo de que não gosta.
Do que gosta verdadeiramente é do conceito de comunhão que Ford foi o melhor a encenar, a amizade de uma consistência que não é pedida, é dada. É algo que é mais ideal que existente: é pena... O gosto pelos temas fordianos não é igual ao amor dos natais ou sequer a uma relação familiar particularmente motivante. Sou, digamos uma pessoa com raízes. E tenho uma memória com uma certa força. São, decerto,essas raízes, que lhe permitem dizer que o cinema é Ford e o resto são satélites, ou que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem. Sem ter medo dessas graças generalizantes porque sabe muito melhor que muita gente que é também dessas substâncias, crenças irremediavelmente certas, que são feitas as raízes. São com certeza elas também as responsáveis pela imensa disponibilidade de MCF que continua a correr com muito gosto, incansável, a enganar o tempo e as matérias a seu bel-prazer. Exactamente como faz o cinema.

Teresa Carmo
Se7e
21-11-91

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Bob Willoughby - Fotógrafo


Elizabeth Taylor, Bob Willoughby e Eva Marie Saint durante 
a rodagem de "Raintree County" de Edward Dmytryk. 1957.
Foto encontrada em www.jazzbodyandsoul.co.uk


«Robert Hanley "Bob" Willoughby nasceu em Los Angeles em 1927. Apaixonou-se pela fotografia depois de receber uma câmara como presente de aniversário aos 12 anos. Bob Willoughby estudou fotografia na Escola de Cinema na Universidade do Sul da Califórnia e trabalhou com o designer gráfico Saul Bass . Entre 1948 e 1954, as suas fotografias de músicos de jazz e dançarinos levou-o a um contrato com Globe Photos. Mais tarde, trabalhou para a revista Harper's Bazaar, onde as suas fotografias ilustraram artigos de arte e cultura. A sua grande oportunidade veio quando ele foi designado por seis revistas diferentes para fotografar Judy Garland durante as filmagens de A Star is Born (1954). Posteriormente, ele foi contratado pela Warner Brothers para fotografar a seqüência, "Born in a Trunk" do mesmo filme.


Judy Garland por Bob Willoughby. 1954.


 Esta foi a primeira vez que um estúdio de cinema contratou um fotógrafo especial para tirar fotos para a venda de revistas. O resultado foi uma capa da revista LIFE Magazine, com um retrato em close-up da cantora e actriz. Em 1963, Willoughby construiu a primeira câmara de controle remoto, para uso no estúdio de fotografia. Isso levou a outras inovações que lhe permitiam tirar fotografias iguais às de filme. Bob Willoughby continuou a fotografar durante o resto da sua vida. Morou na Irlanda durante 17 anos, onde usou as suas técnicas fotográficas para ilustrar textos da antiga poesia irlandesa com fotos do campo. Foi autor de livros sobre fotografia e outros assuntos. Os seus últimos anos foram passados em Vence, na França, onde continuou uma vida activa profissional, vindo a falecer em 2009.» (Fonte: wikipedia)


Cole Porter. 1954.


 Jack Lemmon. 1966.


 James Dean. 1955.


Edith Head. 1960.


John Wayne. 1971.


Otto Preminger. 1957.


Rock Hudson. 1954. 


Shirley MacLaine. 1959.


Vincent Price. 1958. 


Vincente Minnelli, Gene Kelly e Eric Carpenter. 1954.



(Fotos da National Portrait Gallery, Smithsonian Institution, www.si.edu)
(excepto a primeira foto e a capa da LIFE)




sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Tarzan no Oriente


Tarzan's Three Challenges
(1963) de Robert Day
Fotos de Larry Burrows

Jock Mahoney recebendo uma massagem tailandesa e na outra foto, vê-se como adoeceu durante a sua segunda aparição como Tarzan e perdeu mais de 40 quilos durante as filmagens de Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963) de Robert Day. 1963. Tailândia.


O líder espiritual de um país oriental está morrendo. O líder do mal, seu irmão Khan quer impedir Kashi, o jovem herdeiro, de assumir o seu lugar de direito ao trono. Tarzan é convocado para proteger Kashi e, ao fazer isso, ele deve enfrentar Khan em três testes de força. O teste final é uma luta de espadas que acontece em uma rede de malha larga esticada sobre caldeirões de óleo a ferver. Elefantes com jóias levam em grandes procissões, mil meninas para realizar a "dança das velas". (Sinopse do filme)

O mau (Khan) é Woody Strode, "O Sargento Negro" de John Ford (o que uma pessoa tem de fazer para ganhar a vida). Jock Mahoney é o Tarzan nº 13 (creio) e o outro actor não sei quem é, numa cena de Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963) de Robert Day. 1963. Tailândia.


Jock Mahoney nasceu como Jacques O´Mahoney, em 17 de fevereiro de 1919, em Chicago, e quando estava na universidade destacou-se como um grande atleta, principalmente em natação, basquetebol (pois era muito alto), tinha um 1,93m e futebol americano. Na Segunda Guerra Mundial alistou-se como piloto e instrutor de natação para os homens rãs. Quando a guerra terminou foi para Hollywood para ser "duplo" e realizou diversas cenas perigosas para John Wayne, Errol Flynn e Gregory Peck, entre outros. Quando começou a ter participações como actor em filmes de cowboys, Gene Autry contratou-o para um episódio da série de TV "The Range Rider" (1951) e mudou-lhe o nome para Jock Mahoney. Em 1949 foi indicado para substituir Johnny Weissmuller (o "verdadeiro" Tarzan, que já estava velho), mas a escolha recaiu em Lex Barker (que fez cinco filmes como Tarzan).

Tarzan (Jock Mahoney) lutando com Khan (Woody Strode) e Tarzan no templo; duas cenas do filme Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963) de Robert Day. 1963. Tailândia.


Depois, Jock Mahoney continuou a sua carreira em outros filmes. Em 1960 trabalhou no filme “Tarzan the Magnificent” onde fez o papel de um dos maus do filme, mas a sorte sorriu-lhe novamente, quando Gordon Scott Scott desistiu da carreira de Tarzan (chegou a fazer quatro filmes de Tarzan). Para substituí-lo, o produtor Sy Weintraub convidou Jock para interpretar o herói da selva e ele acabou fazendo dois filmes como Tarzan. O primeiro foi Tarzan E os Elefantes (Tarzan Goes to India, 1962)  e o último filme como Tarzan, foi Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963). Durante as filmagens, Jock Mahoney ficou muito doente, devido às doenças tropicais que apanhou durante as gravações na Tailândia e também porque já estava com alguma idade (44 anos). Então, de comum acordo com Sy Weintraub dissolveu o contrato. Ficou um período recuperando a saúde, a sua força e peso, e voltou a fazer filmes de ação participando sobretudo em séries de televisão. 

Jock Mahoney e Woody Strode à conversa; foto de filmagens numa gruta e Jock Mahoney brincando com a anotadora. Fotos da rodagem de Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963) de Robert Day. 1963. Tailândia.

A carreira de Jock Mahoney foi interrompida em 1973, quando ele sofreu um derrame durante as filmagens de um episódio do programa de televisão "Kung Fu" (1972). Num dos seus ultimos filmes, ironicamente intitulado The End (1978)), realizado por Burt Reynolds, Jock Mahoney actuava com sua enteada, Sally Field. Jock Mahoney foi coordenador de "duplos" no filme Tarzan, o Homem Macaco (1981), onde a melhor coisa era a Bo Derek. Mais tarde, ainda entrou em episódios de séries de TV. Jock Mahoney morreu em 1989, em Washington de um acidente vascular cerebral, após um acidente de carro. (Fontes: wikipédia. Imdb)

Jock Mahoney perdeu mais de 40 quilos durante as filmagens de Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963) de Robert Day. 1963. Tailândia.


Jock Mahoney sendo maquilhado, durante as filmagens de Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963) de Robert Day. 1963. Tailândia.



Aqui vê-se bem o emagrecimento de Jock Mahoney. A vida de Tarzan é dificil. Ele perdeu mais de 40 quilos durante as filmagens de Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963) de Robert Day. 1963. Tailândia.


Filmagens de Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963) de Robert Day. 1963. Tailândia.


Filmagens de Tarzan no Oriente (Tarzan's Three Challenges, 1963) de Robert Day. 1963. Tailândia.




(Fotos Larry Burrows e LIFE Archive)




sábado, 20 de outubro de 2012

Cinemas, Teatros e Cine-Teatros 2


Alguns já desapareceram, outros ainda mexem de alguma maneira.


Assim se faz Portugal



«O processo de edificação de Cine -Teatros em Portugal, decorrido entre as décadas de 1930 e 1960, acompanha o percurso da arquitectura portuguesa do século XX. Construídos no período de vigência do Estado Novo, os Cine -Teatros são obras de promoção privada que conciliam os princípios programáticos dos espectáculos de cinema e teatro num edifício único e se assumem como o grande equipamento cultural das localidades onde se inserem.» (Da sinopse do livro: Arquitectura de Cine Teatros: Evolução e Registo [1927—1959] de Susana Peixoto Da Silva)


Rescaldo do incêndio no teatro do Palácio Foz, Lisboa. 1929. Foto Estúdios Mário Novais e Fundação Gulbenkian.

Os teatros contam a história do teatro e também das cidades


"A história dos teatros portugueses é, na verdade, uma sucessão de demolições", conclui, com alguma desilusão, o historiador Duarte Ivo Cruz na obra Teatros de Portugal, recentemente lançada pelas Edições Inapa.
Tudo começou com o Teatro Romano de Lisboa, redescoberto em 1798 para logo começar a ser destruído: "foi metodicamente vandalizado para aproveitamento de materiais na reconstrução da Baixa Pombalina". A forma como foi tratado, diz o historiador, "com total desrespeito pêlos então ainda consideráveis vestígios, mostra bem o descaso, para não dizer incúria, que acompanhou a vida teatral portuguesa, das origens até praticamente hoje".
"Em 1908, quando Sousa Bastos fez o seu Dicionário de Teatro Português elencou 150 espaços. Desses, restam apenas uma vintena", conta, ao DN, o historiador. Mas nem só de demolições se "desfaz" esta história. Ao longo de mais de um ano de pesquisa, percorrendo todo o país, Duarte Ivo Cruz surpreendeu-se com o estado em que encontrou alguns teatros, com os usos que lhes deram e com as obras que deformaram os projectos originais.
Veja-se, por exemplo, o Teatro Angrense, em Angra do Heroísmo, onde se decidiu estender a plateia até ao palco, sobrepondo-a ao fosso da orquestra, "o que mexeu obviamente com a acústica da sala", acusa Duarte Ivo Cruz. No Portalegrense, "o projecto do arquitecto José de Sousa Larcher ainda se adivinha no barracão em que o teatro se transformou, desviado da sua função a partir de 1956" - o teatro, refira-se como curiosidade, chegou a albergar um ringue de patinagem.
E não se pode esquecer o caso do Teatro Rosa Damasceno, em Santarém, de autoria do arquitecto Amílcar Pinto, inspirado no Éden de Lisboa, e considerado por Jorge Custódio como "uma obra-prima da arquitectura moderna da art-deco dos anos 30 em Portugal": está agora em vias de demolição, provavelmente prestes a dar lugar a um qualquer condomínio privado.
"É uma pena, de facto", lamenta Duarte Ivo Cruz. "Os anos 50 foram uma época muito má em termos de sensibilidade para com o património. E muito recentemente também assistimos a outros actos gravíssimos, como a demolição do Monumental, em Lisboa. Tomou-se uma grande tentação destruir tudo, numa altura em que não havia utilidade para aqueles edifícios", justifica.

Rescaldo do incêndio no teatro do Palácio Foz, Lisboa. 1929. Foto Estúdios Mário Novais e Fundação Gulbenkian.

O facto de a maior parte dos teatros se situar em zonas nobres das cidades pode ser uma tentação para a especulação imobiliária mas tem também motivos históricos e culturais: os teatros fazem ou fizeram parte da vida dessas cidades. Esta ligação é mais forte do que se pode imaginar, sublinha o historiador: "Há espaços que permanecem na topografia das cidades e isso acontece por algum motivo. É interessante reparar que o Teatro do Salitre (1782) estava mais ou menos onde está o Parque Mayer; o Teatro da Rua dos Condes (1888) estava exactamente onde o conhecemos até há pouco tempo; no século XIX havia muitos teatros na zona do Príncipe Real, na mesma zona onde a Comucópia tem agora o seu Teatro do Bairro Alto." E até o malogrado Monumental, poderíamos acrescentar, apesar de nada restar da arquitectura original continua com uma utilização ligada à cultura.
Felizmente, as mentalidades têm mudado. "Agora já ha muita consciência de que um teatro, mesmo que arruinado, se ainda mantém a sua estrutura é um património urbano. E portanto há que o acarinhar. Mesmo que depois seja transformado, como aconteceu com o Tivoli, em Lisboa, que é de Raul Lino (1924). Outro exemplo: o Cinemascópio, em Amarante. Mantêm-se as fachadas e mantém-se a utilização." A verdade é que, no seu percurso, Duarte Ivo Cruz acabou por ter algumas boas surpresas: como em Amarante, onde encontrou um teatro de Ventura Terra (o mesmo arquitecto que projectou o Politeama) e que agora está transformado em museu municipal. "É uma boa solução. A arquitectura foi preservada e o local continua associado à cultura." Mesmo quando não é possível qualquer ligação ao seu uso primeiro, Duarte Ivo Cruz defende que é sempre preferível manter o edifício (pode até servir como local de culto, como acontece com os cinemas Império e Alvalade, em Lisboa) a demoli-lo. "Os teatros contam a história do teatro em Portugal e contam também outras histórias, da cidade, da arquitectura, dos costumes ", explica.
No seu livro, Duarte Ivo Cruz não se limita a indexar as salas. Para contar a história procura explicações e ligações, detém-se na obra de alguns arquitectos, investiga os nomes de alguns teatros, procura referências literárias aos espaços teatrais (Eça está cheio delas). Percorre o país de norte a sul, vai aos Açores e à Madeira, sem a preocupação de ser exaustivo ("isso é para um segundo volume, se ohouver"), mas mais à procura deste movimento de construção, demolição e remodelação. O que resta, o que há de novo. E descobre que, apesar de tudo, o futuro é risonho para o teatro em Portugal: "Há muitos teatros novos e com muita qualidade", assegura. "Houve a recuperação de teatros antigos, como o Pax Julia, em Beja, ou o Centro Olga Cadaval, em Sintra, que era o Teatro Carlos Manuel, do arquitecto Norte Júnior. E há os novos cine-teatros, como os de Bragança e Vila Real. que são construídos de raiz e têm uma programação contínua." Boas notícias para quem quiser representar fora de Lisboa: "Antes havia uns mastodontes, uns com fosso de orquestra outros não, que passavam sobretudo cinema e não tinham condições nenhumas nem equipamentos. Hoje já não é assim." 
(Maria João Caetano, in Diário de Noticias 11-12-2005)


São Miguel - Açores

Cine-Teatro Açor, Vila das Capelas, Ilha São Miguel, Açores. Não consegui saber nenhuma informação sobre este Cine-Teatro. Foto de Glenn Rovroy em flick.com

Antigo Teatro Micaelense. Foto copiada de jornal.


«(...) Por volta das 10 horas da noite, estando o operador cinematográfico e um ajudante a enrolar os filmes do espectáculo de domingo, num compartimento anexo à cabine, faíscas lançadas pelo motor eléctrico em acção alcançaram o filme. Este era, de resto, um tipo de incêndio frequente nas casas de espectáculos, uma vez que, até aos anos 50, as películas continham como suporte químico o nitrato de celulose, material fácil e perigosamente inflamável. O incêndio das películas rapidamente se comunicou às madeiras do compartimento, e deste, com estranha violência, ao resto do edifício. Em pouco mais de uma hora, o Micaelense estava invadido pelas chamas, quedando sepultado nos seus escombros.» 
(In, www.teatromicaelense.pt) Ler todo o texto Aqui


Teatro Micaelense. Foto de www.teatromicaelense.pt


«O Teatro Micaelense foi projectado pelo Arqº. Raul Rodrigues de Lima entre 1947 e 1951. Rodrigues de Lima era um especialista em salas de cinema e de teatro, tendo projectado, além do Teatro Micaelense, diversos cine-teatros como o Messias, da Mealhada, talvez o mais regionalista, o Avenida, de Aveiro, o Império, de Lagos, o Cinearte e o Monumental, em Lisboa, este último, apesar de tudo, bem mais cosmopolita.
A construção do Teatro Micaelense é contemporânea da profunda transformação urbanística da frente marítima de Ponta Delgada. O rasgamento da Av. Marginal e a reconstrução de toda a frente edificada transformaram profundamente a cidade, substituindo o tecido urbano estruturado em ruas estreitas, que se aproximavam do mar e que se tinham consolidado ao longo dos séculos, por uma frente construída, monumental e de traçado moderno, que refez a linha da costa e onde é bem patente o gosto do “Português Suave” que, à época, se generalizara em Portugal Continental.» 
(In, www.teatromicaelense.pt) Ler todo o texto Aqui


JOHN WAYNE EM SÃO MIGUEL, AÇORES - JUNHO 1963


John Wayne em São Miguel, Açores. 1963. Foto de westerneuropeu.blogspot

«No dia 23 de Junho de 1963, pelas 20h20, atracava no então denominado Molhe Salazar em Ponta Delgada, um iate luxuoso com 288 toneladas e com 12 tripulantes chamado Wild Goose (Ganso Selvagem), cujo dono era a eterna estrela internacional do cinema, John Wayne. Foi o início de uma visita de quatro dias à nossa ilha, John Wayne e os amigos, a propósito desta visita, declararam que fora a leitura do livro do conhecido escritor americano de viagens e especialista em turismo Sidney Clark, “All the Best In Spain and Portugal” que os entusiasmara a incluir São Miguel no seu itinerário que tinha como destino final Espanha, onde Wayne iria filmar “O Mundo do Circo” com Rita Hayworth e Claudia Cardinale.» 
(In, westerneuropeu.blogspot) Ler todo o texto Aqui



Angra do Heroísmo

Teatro Angrense em Angra do Heroísmo, Ilha da Terceira, Açores. Fotos de wikipédia.org e www.culturangra.pt


«O Teatro Angrense situa-se no centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo, em plena zona classificada como Património Mundial pela UNESCO, na ilha Terceira, Açores.É a principal sala de espectáculos da cidade e uma das mais importantes dos Açores, simbolizando para os angrenses a excelência a nível cultural desde o fim do século XIX.
Fundado em 1860, já recebeu grandes nomes nacionais e internacionais, ainda com um destaque para os artistas locais, a nível musical e teatral. Passou já por duas grandes remodelações, na década de 1920 e depois na década de 1980. (...) Construção do século XIX, é um teatro aberto dito "ferradura", muito divulgado com a evolução da ópera italiana e o teatro romântico, tratando-se de um exemplar único na Ilha e dos melhores dos Açores.»
(In, www.cm-ah.pt)


Faial

Teatro ou Cine-Teatro Faialense, Horta, Ilha do Faial, Açores. Foto de geocrusoe.blogspot.pt


«Inaugurado em 1856, o Teatro Faialense foi durante mais de um século uma das principais infraestruturas particulares de apoio à cultura na ilha do Faial, tendo entrado em elevado estado de degradação durante a década de 1970, o que conduziu ao seu encerramento. Os moldes de aquisição municipal e da respectiva recuperação foram nos anos de 1990 motivo de acesa querela política que não dignificou nenhum dos intervenientes, atrasou o processo e impediu a compatibilização de ideias diferentes com aspectos complementares e válidos, o que teve custos sociais e económicos para toda a ilha. Após seis anos de obras o Teatro Faialense é recuperado e abre novamente ao público em 2003 como um complexo cultural: um pequeno auditório, sala de espectáculos, bar e outros anexos de apoio. 
Hoje, o Teatro Faialense é o principal pólo de onde se mostra a dinâmica cultural do Concelho da Horta, sendo sobretudo frequentado por jovens e interessados e dinamizadores da cultura, mas onde os principais autores das antigas querelas raramente são vistos em eventos culturais.» 
(In, geocrusoe.blogspot.pt)


Amarante

Na fachada diz: Amarante Cine-Teatro, mas depois de ler várias coisas na net, fiquei sem saber se o nome verdadeiro do Cine-Teatro, é Cine-Teatro de Amarante ou Cine-Teatro Teixeira de Pascoaes ou até Cine-Teatro Amarantino. Foto sem data de www.anteprojectos.com.pt. 



O Senhor dos Sonhos
O Cine-Teatro de Amarante foi inaugurado em 24 Maio de 1947, com o filme Mulheres e Diamantes (Diamond Horseshoe, 1945) de George Seaton. Esta informação veio do Sr. Alfredo Guedes (80 anos), que foi projeccionista do Cine-Teatro durante 30 anos ou mais e a partir de 1985 do Cineclube de Amarante. É inacreditável que a Câmara de Amarante não tenha o historial do Cine-Teatro e isto não se passa só em Amarante. Para lerem «O Senhor dos Sonhos», cliquem duas vezes. Este artigo foi publicado em O Jornal de Amarante, que encontrei em issuu.com/jornaldeamarante. O cartaz do filme é de www.moviegoods.com.



«Mas porque não fazem aqui uma coisa em comum?...»
Almada Negreiros em Amarante - 1969

Uma prenda para os de Amarante; noticia em A Capital. Outubro de 1970.

Cine-Teatro de Amarante. Proposta vencedora do concurso para a recuperação do Cine-Teatro . Foto de www.amarantejornal.com

«A proposta do Arq. Carlos Prata ganhou o concurso de ideias promovido pela Câmara Municipal de Amarante para a recuperação do Cineteatro da cidade. (...) À aprovação da proposta saída do concurso de ideias seguir-se-á a elaboração do projecto, cujo objectivo principal é o de execução de obras de reabilitação do edifício, de forma a recuperar-se não só as suas principais características arquitectónicas, mas também, e sobretudo, a função de sala de espectáculos, de média dimensão, que deverá oferecer 400 lugares para o público.» 
(CMA em www.amarantejornal.com, 04-10-2011) Ler todo o texto Aqui


Tondela

Aqui acontece CULTURA em Tondela. Foto sem data de www.igogo.pt

 Aqui acontece CULTURA em Tondela. Foto sem data de www.igogo.pt

ACERT - NOVO CICLO. 2012. Foto de folhadetondela.com



ACERT – POLO DE CULTURA E SOMATÓRIO DE ARTES

«A ACERT – Associação Cultural e Recreativa de Tondela, nascida em 1979 por desenvolvimento natural do Teatro “TRIGO LIMPO”, que desde 1976 vinha a impor-se e a tomar relevo no meio artístico de Tondela, é hoje um importante marco de cultura, extravasando desde há muito a vertente local e projectando-se inclusive além fronteiras. Falar da ACERT e dar a conhecer a ACERT é lembrar a natureza inovadora que se caracteriza por produções especiais “na exploração de múltiplas linguagens: multimédia, música, teatro, arquitectura de cena, edições, etc.”. (...) No seu “quartel-general”, em edifício nascido há muitos anos para um ciclo de saber e de cultura, e hoje transformado em “NOVO CICLO” para mais saber e mais cultura, quisemos conhecer um pouco do verdadeiro pulsar da Associação. Ouvimos, para isso, Miguel Torres, que amavelmente nos recebeu.»
(Jorge A. Leitão em folhadetondela.com) Ler todo o texto Aqui




Cine Tejá em Tondela. Pelas noticias encontradas na net, já está em funcionamento, mas não encontrei fotos atuais. Foto sem data de www.faroldanossaterra.net

«Uma cidade sem teatro municipal e sem cinema, o Cine-Tejá vindo dos anos 30 fechou há sete, descobriu com a ACERT a solução: oferece-se um edifício abandonado e a associação trata de construir uma sala de cinema e de teatro (com palco virado para sala de 300 lugares e anfiteatro de quinhentos). Um misto de apoio autárquico, carolice e visão empresarial - e vive na província um lugar de cultura. Não é «nasceu um lugar de cultura», que isso é comum; vive e recomenda-se, o que é raro.»
(In, Visão, Edição 246 de 4 de Dezembro de 1997)



 Antigo “Cine Tejá” adquirido pelo Município de Tondela

«O Município de Tondela, adquiriu por escritura pública assinada em 22-07-2011 a Maria Manuela de Barros e família, o antigo “Cine Tejá”, em Tondela. O edifício adquirido, com enorme tradição na cultura e cinema da nossa cidade/Concelho, vai ser completamente remodelado e destina-se à instalação de uma oficina de construção de cenários para espectáculos, (...)»
(António Amorim Lopes em folhadetondela.com) Ler todo o texto Aqui


Sintra

Sintra Cinema - Este terá sido o primeiro cinema em Sintra. Anterior ao Carlos Manuel (1948), algumas noticias referem-se ao seu funcionamento durante a década de 30 e 40 no mesmo local, mas não encontrei mais informações. Foto de www.alagamares.net

«25 de Novembro de 1940 - Inaugurada a nova aparelhagem do Sintra Cinema, “uma moderna Caster-Ibéria, do melhor que existe no mercado…”. (Nota: este Sintra Cinema não é o que foi construído a partir de 1945 na Portela de Sintra, mas um anterior, com cinema às 5ªa feiras e domingos)» (In, 
www.alagamares.net)

Aqui no Grande Casino Cintrense, por volta de 1912, aconteceram talvez, as primeiras projecções de Animatographo. Foto de www.alagamares.net 

Grande Casino Cintrense. Foto sem data de www.alagamares.net 
«A vida cultural funcionava em torno do teatro Garrett (no local onde hoje funciona a Sociedade União Sintrense) ou o Casino Cintrense.» (In, www.alagamares.net)

20 de Novembro de 1948 - Inauguração do Cine-Teatro Carlos Manuel, por impulso de António Marques de Sousa Júnior. (In, www.alagamares.net). Foto sem data de tracodoarquitecto.cm-sintra.pt

«Inserido no "boom" da construção de cinemas em Portugal e após diversas alterações ao projecto original, o Cine-Teatro Carlos Manuel foi construído em 1945, projecto da autoria do Arquitecto Joaquim Norte Junior. Não sendo a mais significativa obra deste arquitecto, foi considerada como representativa de um estilo modernista tardio com elementos Art Deco, pertencendo também à classe tipológica funcional "Teatro à Italiana". Tendo sido durante 40 anos um espaço representativo do quotidiano social e cultural de Sintra, o incêndio de 1985 viria a atingir não só o espaço físico mas também as reminiscências à retórica estética deste meio regional. As matinés carnavalescas e os concertos de Natal são apenas alguns dos exemplos das actividades que marcariam memórias deste teatro. Grande parte do edifício foi destruído. O palco, os bastidores, o fosso de orquestra, a plateia e grande parte do balcão arderam. Até à posterior reconversão e reabilitação do Cine-Teatro Carlos Manuel para o Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra contou com o apoio dos espaços disponíveis para aí albergarem os pontuais eventos culturais. A Trienal de Sintra e a Companhia de Teatro de Sintra foram alguns dos espaços utilizados. Três anos após o incêndio iniciaram-se os primeiros estudos que pretendiam viabilizar uma mais vasta utilização do edifício.»
(In, www.cm-sintra.pt)


 Cine-Teatro Carlos Manuel, interiores. Foto sem data de tracodoarquitecto.cm-sintra.pt

 Cine-Teatro Carlos Manuel, interiores. Foto sem data de tracodoarquitecto.cm-sintra.pt


«O Sintra Cinema, na Portela, inaugurado em 1947»
(In, conhecersintra.wordpress.com)


«Um exemplo de degradação não só do património edificado como da cultura em Sintra. Construído na década de 40 do século XX, o Sintra Cinema foi um lugar de culto para os amantes das artes teatrais, cinematográficas e performativas durante a segunda metade do século passado.» 
(In, sintraemruinas.blogspot.pt)

«Foi no final dos anos 40, início da década de 50, que a Portela de Sintra começou a mudar a sua face e a transformar-se num bairro residencial. O cultivo das terras foi, progressivamente, cedendo espaço à construção de prédios e enquanto desapareciam os campos de trigo e de milho iam surgindo novas edificações até desaparecer o último vestígio do espaço agrícola que ali existiu. Recordo-me perfeitamente da Portela desse tempo. Havia pouco mais de uma dúzia de moradias e uma serração de madeiras que existia no local onde se encontra hoje um prédio onde funciona a estação dos CTT; daí para a frente só o campo de futebol do Sintrense, a herdade do Zé Amaro, uma moradia perdida no meio do nada, alguns terrenos cultivados e mato a perder de vista. O bairro da Portela, nasceu, e cresceu, numa lógica iminentemente habitacional e foi nessa perspectiva que as ruas que o iriam servir foram concebidas e dimensionadas. Durante muitos anos, a Portela de Sintra foi um local sossegado onde se vivia e brincava com toda a tranquilidade e nem a construção da estrada que liga Sintra a Mem Martins e do edifício do Sintra-Cinema, perturbaram significativamente essa serenidade. Era bom, viver na Portela, nessa época.» 
(In, sintra-edenglorioso.blogspot.pt)


«Centro Cultural Olga de Cadaval. Nos anos 30 funcionou aí o Sintra-Cinema Só em 1948 foi inaugurado o Cine-Teatro Carlos Manuel, projecto do arquitecto Norte Júnior mandado construir por António Marques de Sousa.» (In, www.alagamares.net)

«A abertura deste novo equipamento cultural representa, também, o germinar de uma inovação, porque o actual Centro Cultural não se limita a repor as condições antes proporcionadas pelo Cine-Teatro Carlos Manuel, nem sequer a melhorá-las circunstancialmente. Antes constitui uma realidade nova, arrojada na concepção e na realização, que aponta decididamente para o futuro.» (Texto e foto de www.jfsantamaria.pt) Ler todo o texto Aqui