Mostrar mensagens com a etiqueta Cole Porter. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cole Porter. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Bob Willoughby - Fotógrafo


Elizabeth Taylor, Bob Willoughby e Eva Marie Saint durante 
a rodagem de "Raintree County" de Edward Dmytryk. 1957.
Foto encontrada em www.jazzbodyandsoul.co.uk


«Robert Hanley "Bob" Willoughby nasceu em Los Angeles em 1927. Apaixonou-se pela fotografia depois de receber uma câmara como presente de aniversário aos 12 anos. Bob Willoughby estudou fotografia na Escola de Cinema na Universidade do Sul da Califórnia e trabalhou com o designer gráfico Saul Bass . Entre 1948 e 1954, as suas fotografias de músicos de jazz e dançarinos levou-o a um contrato com Globe Photos. Mais tarde, trabalhou para a revista Harper's Bazaar, onde as suas fotografias ilustraram artigos de arte e cultura. A sua grande oportunidade veio quando ele foi designado por seis revistas diferentes para fotografar Judy Garland durante as filmagens de A Star is Born (1954). Posteriormente, ele foi contratado pela Warner Brothers para fotografar a seqüência, "Born in a Trunk" do mesmo filme.


Judy Garland por Bob Willoughby. 1954.


 Esta foi a primeira vez que um estúdio de cinema contratou um fotógrafo especial para tirar fotos para a venda de revistas. O resultado foi uma capa da revista LIFE Magazine, com um retrato em close-up da cantora e actriz. Em 1963, Willoughby construiu a primeira câmara de controle remoto, para uso no estúdio de fotografia. Isso levou a outras inovações que lhe permitiam tirar fotografias iguais às de filme. Bob Willoughby continuou a fotografar durante o resto da sua vida. Morou na Irlanda durante 17 anos, onde usou as suas técnicas fotográficas para ilustrar textos da antiga poesia irlandesa com fotos do campo. Foi autor de livros sobre fotografia e outros assuntos. Os seus últimos anos foram passados em Vence, na França, onde continuou uma vida activa profissional, vindo a falecer em 2009.» (Fonte: wikipedia)


Cole Porter. 1954.


 Jack Lemmon. 1966.


 James Dean. 1955.


Edith Head. 1960.


John Wayne. 1971.


Otto Preminger. 1957.


Rock Hudson. 1954. 


Shirley MacLaine. 1959.


Vincent Price. 1958. 


Vincente Minnelli, Gene Kelly e Eric Carpenter. 1954.



(Fotos da National Portrait Gallery, Smithsonian Institution, www.si.edu)
(excepto a primeira foto e a capa da LIFE)




sábado, 10 de novembro de 2012

Citações & Excitações

por
Trindade Santos
Jornal de Letras, 31 Agosto 1982


 Coisas boas em jornais



JAZZ

O Jazz é a única música em que a mesma nota pode ser 
tocada todas as noites, sempre diferentemente. 
São as realidades ocultas, o subconsciente que se esconde 
no corpo, quem dá a ordem: sentes isto — toca aquilo. 
Ornette Coleman


Ornette Coleman. Londres, UK. 1981. Foto davidcorio.com
John Coltrane (com Miles Davis desfocado). Foto sem data da net.


Quando se toca jazz toca-se o que acontece a todo o 
momento — qualquer coisa que nunca se tinha dito.
John Coltrane

O jazz não tem nada a ver com a música escrita. Quando tenta 
receber influências da música contemporânea não é jazz nem é bom.
Igor Stravinsky


Igor Stravinsky compondo em um clube nocturno deserto de Veneza. 1957. Veneza, Itália. Gjon Mili. Foto LIFE Archive.


Jazz é a indecência sincopada e contrapontada.
New Orleans Times Picayune  — 1914

Hot can be cool and cool can be hot and each 
can be both. But hot or cool, man, jazz is jazz.
Louis Armstrong


Louis Armstrong. NY, EUA. John Loengard. Foto LIFE Archive.


Jazz sem batida é como um telefone 
arrancado da tomada: não pode comunicar.
Leonard Feather

A diferença básica entre a música clássica e o jazz nota-se no facto
 de a clássica ser sempre maior no papel que quando tocada. Pelo 
contrário, no jazz, o que se ouve é sempre mais que o que é tocado.
André Previn


Andre Previn com alguns dos seus filhos. 1975. EUA. Alfred Eisenstaedt. Foto LIFE Archive.


O Jazz é uma linguagem. É as pessoas a viverem no 
som: a falarem, a rirem, a chorarem, a construírem, 
a pintarem, a matematizarem, a abstraírem, a extraírem, 
a darem, a tirarem, a fazerem. Por outras palavras: a viverem.
Willis Conover


Willis Conover. Foto de old.enciclopedia.com.pt



BLUES


Ponham os vossos negros alegres e bem dispostos. 
Façam-nos dançar ao som de um tambor.
Mercador de escravos anónimo, séc. XV III


Praça do mercado de escravos. Foto tirada por marinheiros que trabalham no navio HMS durante a viagem científica ao redor do mundo. (Provavelmente pintada à mão) St. Thomas, Ilhas Virgens. 1875.


O  blues é sentimento e forma. 
É singular e plural, à vontade...
Ralph J. Gleason

Os blues nasceram do nada, da carência, do desejo.
W.C. Handy (autor de St. Louis Blues)


W.C. Handy em sua casa compondo ao piano. Foto de themusicsover.com
Son House com a sua guitarra. Foto de musicianbynight.blogspot.pt


Lembro-me, quando era rapaz, de estar sempre a 
cantar nos campos. Não era bem cantar, trautear, 
talvez. Mas foi assim que fizemos canções sobre 
o que se passava connosco nessa altura. Penso que 
foi assim que começaram os blues.
Son House

Quem quer que cante blues está derrotado. 
Oprimido, perturbado com qualquer coisa, 
sem chegar a Deus, procura uma maneira de 
se aliviar... Os blues fazem-no ficar triste e chorar.
Mahalia Jackson


Mahalia Jackson discursando durante a grande manifestação pelos direitos civis nos EUA, 
convocada por Martin Luther King. 1963. Washington. Francis Miller. Foto LIFE Archive.



ROCK


A cena da música popular é hoje diferente de qualquer cena em que 
eu possa pensar na história da música. É completamente feita por, 
para e de miúdos, dos oito aos oitenta e cinco. Escrevem as canções, 
cantam-nas, tocam-nas, gravam-nas, são deles. Ainda compram os 
discos, criam o mercado, lançam as modas, na música, no vestir, na 
dança, no cabelo, na fala, nas atitudes sociais.
Leonard Bernstein

Um concerto de rock é de facto um ritual 
envolvendo a invocação e transmutação da energia.
William Burroughs


Leonard Bernstein dirigindo durante um ensaio. 1956. EUA. Alfred Eisenstaedt. 
William S. Burroughs. 1959. Paris, França. Loomis Dean. Fotos LIFE Archive.


Agora dedicamo-nos à dinâmica. 
Trabalhámos o alto nos últimos 
dois anos e nos próximos seis meses 
vamos atacar o ensurdecedor.
Jerry Garcia

Rock é a corrupção do Rhythm & Blues, que 
já era a diluição dos blues. A música de 
massas de hoje é a vulgarização da vulgarização.
Benny Green


 Jerry Garcia.1993. E, Mick Jagger, 1989. Fotos LIFE Archive.


Lembro-me de — quando era 
muito novo — ter lido num 
artigo do Fats Domino uma 
frase que realmente me influenciou: 
«Nunca se deve cantar as letras com clareza».
Mick Jagger

O Rock and Roll bem podia ser resumido 
nestas palavras: monotonia tingida de histerismo.
Vance Packard


Vance Packard. 1977. Alfred Eisenstaedt. Foto LIFE Archive.



VÁRIOS

Nasci numa geração que ainda 
levava a música ligeira a sério.
Noel Coward

Encaro toda a música pop como irrelevante no sentido 
de que nos próximos 200 anos ninguém há-de ouvir 
a música que se faz hoje. Acho que se há-de ouvir 
Beethoven. A música pop é só diversão. Essa é uma 
das razões por que me não levo a sério.
Elton John


Noel Coward. 1955. Las Vegas, Loomis Dean.
Elton John, 1984. Fotos LIFE Archive.


Um cantor folk é alguém 
que canta de ouvido pelo nariz.
Anónimo

Um cantor folk é um intelectual que canta 
canções que nunca ninguém escreveu.
Anónimo

Uma canção popular compõe-se a si própria.
Irmãos Grimm (séc. XVII - XVIII)


H.L. Mencken em foto sem data. Foto de 2.bp.blogspot.com


As canções populares são 
— como todas as outras — 
compostas por indivíduos. 
Tudo o que o povo faz é 
escolher aquelas que devem ficar. 
H.L. Mencken

A música de cinema é ruído. 
Dói-me ainda mais que a ciática.
Sir Thomas Beecham


Marshall McLuhan. Foto sem data de www.festivalkarsh.ca
Cole Porter. Foto sem data de biografiasgls.blogspot.pt


Depois de adaptar a Sexta de Beethoven à sua Fantasia, 
Walt Disney gritou: «Boa! Vamos lançar o Beethoven!»
Marshall McLuhan

A minha única inspiração é 
um telefonema de um produtor.
Cole Porter

A música de filmes tem com o filme 
a mesma relação que aquilo que agora 
alguém está a tocar no piano da sala 
tem com o livro que estou a ler.
Igor Stravinsky

Acham que, se eu continuar a gritar a Música acabou! — 
eles vão deixar de me mandar os discos?
Trindade Santos



O disco da quinzena


Capa do álbum Sandinista dos Clash. Foto da net.


Nem sempre se pode dizer tudo a toda a gente durante o tempo todo. (Só de quinze em quinze dias). Por isso é que os discos sobem e descem, vão e vêm, ouvem-se e esquecem-se. É raro. Mas dá-me a sensação de que vou ouvir este durante algum tempo. Para variar, é um daqueles que diz tudo a toda a gente. Mas só foi feito uma vez. Sandinista! dos Clash (CBS). Vale a pena ser jovem para poder gostar dele.

Trindade Santos
Jornal de Letras, 31 Agosto 1982



José Gabriel Trindade Santos é professor de Filosofia Antiga, membro do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e professor permanente dos Programas de Pós-Graduação das Universidades Federais de Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Tem obra publicada, sobretudo em Portugal, Brasil e Itália, incluindo mais de meia centena de livros e capítulos de livros, e artigos especializados na sua área de docência e investigação. Fez durante muitos anos critica musical em várias publicações.





quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Orson Welles - Fotos


Lutei para escapar da infância, o mais cedo possível. 
E assim que consegui, voltei correndo para ela.
Orson Welles (1915-1985)

Orson Welles em Portugal no Hotel do Guincho, fotografado por Eduardo Gageiro, talvez no fim dos anos 60. Foto encontrada na net.

"Ele era inacessível. Esteve em Portugal, mas só o apanhávamos a entrar e a sair do Hotel do Guincho. Como eu era amigo do dono do hotel pedi-lhe que intercedesse por mim. O sr. Wells lá condescendeu, mas avisaram-me: 'Tens de ser rápido." A única coisa que lhe pedi foi que se aproximasse da janela. Fiz duas fotografias. Num retrato é importante que haja uma empatia entre fotógrafo e fotografado. Se não existe, isso reflecte-se nos olhos do retratado. Vê-se que Orson Wells estava ali a aturar-me." (*)

Orson Welles e Cole Porter durante a produção teatral de Around the World, na Broadway. 1946. Al Fenn.


"Nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos."
Orson Welles


Orson Welles e Anthony Perkins em Paris, durante as filmagens de "O Processo", (The Trial, 1962). 
Foto encontrada em lanocheintermitente.tumblr.com.

Orson Welles escutando Burl Ives numa cave de Paris, 1949. ?

Orson Welles e Carol Reed durante as filmagens de O Terceiro Homem, na Áustria. 1950William Sumits.

Orson Welles e Rita Hayworth divertindo-se em sua casa. 1945. Peter Stackpole. 

Orson Welles, ensaiando com bailarinas para o filme Citizen Kane. 1941. Peter Stackpole.

Orson Welles, ensaiando danças bailarinas para o filme Citizen Kane. 1941. Peter Stackpole.

Orson Welles, durante as filmagens de Citizen Kane. 1941. Peter Stackpole.

Orson Welles, ensaiando com bailarinas para o filme Citizen Kane. 1941. Peter Stackpole.


Reportagem na revista Portuguesa 'O Século Ilustrado', de 1946. 
Foto encontrada na net



"Verdadeiras ou falsas, nossas obras estão condenadas a desaparecer. Que significa, então, o nome do autor?"
Orson Welles




(Fotos LIFE Archive)


*(excertos da entrevista de Vanda Marques a Eduardo Gageiro para o jornal i, sábado, 15 de Janeiro de 2011)