A história do prémio de interpretação no filme
O Passado e o Presente de Manoel de Oliveira
A Estatueta. |
Noticia no jornal A Capital em 1972.
Manuela de Freitas em O Passado e o Presente. Linda de morrer.
O Passado e o Presente - 1972
de Manoel de Oliveira
"Em mais de um sentido, a casa, em «O Passado e o Presente», era uma casa de alienados, tão mais alienados quanto todos se comportavam como se fossem ou estivessem alheios à sua alienação. E, embora do principio ao fim, se não largassem, formando um grupo omnipresente em toda a espécie de rituais, cada um deles era inteiramente solitário. Devoravam-se uns aos outros, mas não se tocavam. Como o décor os devorava a eles, sem nunca os tocar e sem nunca ser tocado por eles. E os múltiplos jarros com flores eram tanto sinal de vida (de casa habitada) como sinal de morte (flores para os mortos."
(João Bénard da Costa, excerto de "Pedra de Toque",
O dito Eterno Feminino na Obra de Manoel de Oliveira.
In, Revista Camões nº12/13 - 2001)
O dito Eterno Feminino na Obra de Manoel de Oliveira.
In, Revista Camões nº12/13 - 2001)
O Passado e o Presente para além de marcar o regresso de Oliveira que desde 1965 não apresentava nada em público, assinala por outro lado, os chamados «anos Gulbenkian». Assim, ficou conhecido o apoio que esta instituição privada concedeu ao cinema português. Neste período alguns dos melhores realizadores tiveram a oportunidade de verem os seus filmes realizados, pois quem financiava era a Gulbenkian em vez de ser o Estado como anteriormente acontecia. Por causa de um desentendimento que houve entre a instituição e o Estado, a Fundação Calouste Gulbenkian deixou de fazer o mecenato ao Centro de Cinema, assumindo ela própria esse papel do Estado. Este filme foi premiado pela Casa da Imprensa com o prémio de Melhor Realização e Melhor Fotografia. Por seu lado a Secretaria de Estado da Informação e Turismo considerou Manuela de Freitas a melhor Actriz, pelo papel desempenhado neste filme, fazendo de "Noémia".
(Luís de Pina, in História do cinema português).
(Luís de Pina, in História do cinema português).
(fotos encontradas na net)
Sem comentários:
Enviar um comentário