sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Crime e castigo na terra dos antepassados

Tony Hillerman 

(1925-2008)

Tony Hillerman. 


Um olhar íntimo sobre o mestre. Tony Hillerman explica suas inspirações, triunfos e desastres de escrever a sua famosa série de mistério situado no Sudoeste Americano. Cenas das histórias de Tony Hillerman são ilustrados com uma videografia impressionante; nós viajamos aos quatro cantos da área para encontrar o local exato onde estes eventos ocorreram. (In, youtube.com)


Um olhar íntimo sobre Tony Hillerman

«Quando os fuzileiros navajo regressaram do Pacífico nos finais da II Guerra Mundial, depois de terem participado nos combates, foram recebidos pelo seu povo com um ritual de purificação, o «Enemy Way». Por um acaso da fortuna, Tony Hillerman, também regressado com ferimentos de guerra, assistiu a esse ritual integrador. Foi um momento que o havia de marcar para a vida. Nascido em 1925 em Oklahoma, em uma pequena povoação com forte presença das culturas índias, o fascínio de  Tony Hillerman pela mitologia indígena dos Estados Unidos levou-o a um intenso convívio com os índios Navajo e motivou-o a escrever uma série de best-sellers que povoam o imaginário dos americanos com o que já se convencionou chamar de faroeste policial. O autor, mistura crime e castigo, suspense e mistério, com as superstições e crenças dos índios Navajo, as paisagens ensolaradas dos canyons e a indefectível tensão entre a selvageria dos índios e aquela praticada pelo homem branco.


 Capas de livros de Tony Hillerman editados por cá.


Tendo por base tão rico manancial, Hillerman criou uma obra policial muito invulgar, centrada em dois agentes da Navajo Tribal Police, o tenente Joe Leaphorn e o polícia Jim Chee. O contraste entre os dois não podia ser maior. O primeiro é um diplomado universitário, metódico e cartesiano, desconfiado de tudo o que cheire a superstição. O segundo, mais novo, é sobrinho de um famoso «yataali», xamã de renome, aliando o espírito intuitivo à persistência. Formam um par imbatível, como o provam as aventuras em que se envolvem. As histórias aliam uma sólida carpintaria nos cânones do policial a uma utilização das tradições navajo e de outras nações índias, ao mesmo tempo que as confrontam com o modo de vida ocidental. O resultado são livros soberbos e intensos.


 Capas de livros de Tony Hillerman editados por cá.


Em Portugal foram publicados na Caminho, Coiote Espera, O Povo das Trevas, Skinwalkers e Onde os Mortos Dançam e pelo Círculo de Leitores (O Deus que Fala e O Vento Negro),  e ainda A Primeira Águia, editado pela Tágide (editorial).
No mundo dos policiais e das histórias de mistério, Hillerman era uma figura rara, escrevia o New York Times, aquando da sua morte em 2008 por ser um "autor de best-sellers adorado pelos fãs, admirado pelos outros escritores e respeitado pela crítica".»  
(fontes: Expresso, Público e brasileiras)

(foto da net).


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