sábado, 26 de novembro de 2011

Tennessee Williams passou por cá


Reportagem do Diário de Lisboa, as fotos com que ocupei os espaços em branco são da LIFE Archive.




O Gigante de Manjacaze


Gabriel Estêvão Monjane (Mondlane) 

(1944-1990)



«Com o tempo, muitos acontecimentos que tornaram Moçambique referência para Portugal e mundo vão se perdendo. São vários eventos, alguns dos quais diziam respeito ao aspecto físico de moçambicanos que se tornavam distintos. Um deles foi o Gabriel Estêvão Monjane (Mondlane), apelidado de Gigante de Manjacaze. Media 2,45 metros de altura. Veio a perder a vida em 1990. O Gigante de Manjacaze foi notícias na imprensa moçambicana, que se tornou distinto justamente por ser gigante. Manuel da Silva Ramos, poeta e ficcionista português, com a obra “Viagem com um Branco no Bolso”, o romance, veio a marcar de forma documentada a vida de Gabriel Estêvão Mondlane.De acordo com fontes documentais, nesse romance Ramos analisa criticamente a exploração a que esteve sujeito o Gigante, explorado por empresários e promotores de espectáculos no período colonial.»
(In, Diário de Moçambique,  23-06-11)

Gabriel Estevão Monjane, aqui com 2,38m, ao lado de sua mãe com metade do seu 
tamanho. Ele ainda estava crescendo e só tinha 21 anos. Moçambique, 29-12-1965.


Gabriel Monjane de Moçambique é alvo de atenção quando anda por Lisboa (Restauradores). 
Ele continua como o maior homem do mundo e mede 2,50m. Portugal, Lisboa, 2 -11-1978.



A foto mais triste


O mais alto e o mais baixo, utilizados pelos fascistas do regime no funeral de Salazar.
Foto encontrada na net.


«O poeta e ficcionista português, Manuel da Silva Ramos, lançou em Maputo o livro "Viagem com um Branco no Bolso", um romance sobre a vida do "Gigante de Manjacaze", Grabiel Estevão Mondlane. A obra apresenta um outro personagem, o anão português, Toninho de Arcozelo, que contracenava com o gigante nos círculos, feiras e praças públicas. O nome do anão Toninho de Arcozelo, o então homem mais curto do mundo, com 75 cm de altura, associa-se a Gabriel Mondlane pelo facto de ambos aparecerem juntos muitas vezes, no mesmo palco, como forma de evidenciar a diferença entre ambos.»
(In, macua.blogs.com)


 (Fotos gaethna.nl - Arquivo Nacional da Holanda)



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

25 de Novembro, só para não ficar calado


"A revolução tinha que acabar. Era uma fatalidade histórica. Por isso o 25 de Novembro, todos o reconhecem, tinha que se dar" (Maria Manuela Cruzeiro)


Queria fazer um post para lembrar este dia de má memória, quando comecei a procurar algum material verifiquei que não existe muito em jornais nos dias a seguir ao golpe, foi quando me lembrei que os que fizeram o golpe (Eanes e Cia), proibiram os jornais diários durante (creio), duas semanas. Foi para poderem trabalhar à vontade as noticias que iam saindo. Fica para outra altura as minhas memórias desse dia.


"Apesar de alguns mistérios que ainda subsistem, dispomos hoje de muita informação dispersa que, uma vez trabalhada, permitirá leituras bem mais próximas da verdade daqueles meses de brasa, do que as visões moles de um consenso errado e mentiroso, que parece impor-se sem escândalo nas várias instâncias do poder pós 25 de Novembro." (Maria Manuela Cruzeiro, 25 de NOVEMBRO- QUANTOS GOLPES AFINAL?) Ler Tudo Aqui




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um último olhar para Lisboa


Stanley Kubrick em Portugal - 1948

Um último olhar para Lisboa, 1948


Tinha 17 anos, ainda não fazia filmes, mas já fotografava (desde os 13, com uma Leica oferecida pelo pai em dia de aniversário). Antes de ser Kubrick, portanto antes do cinema, Stanley teve uma primeira vida na fotografia. Em Agosto de 1948, Kubrick com 20 anos esteve em Portugal onde passou uma temporada, para fazer uma reportagem para a prestigiada revista Look, então a grande rival da Life, e para a qual trabalhava desde 1945.






Os editores da revista Look, tinham-lhe dito para fotografar os locais turísticos mais conhecidos de Portugal, um país que tinha escapado incólume aos horrores da II Guerra Mundial, bem como os principais monumentos e as igrejas mais antigas, ao acompanhar as férias de um casal de compatriotas, Jan e Bill Cook. Kubrick (1928-1999), foi o mais jovem fotógrafo de sempre contratado pela Look. O "modus operandi da revista" foi uma escola para ele: a Look contava histórias por episódios e exigia dos seus repórteres um acompanhamento obsessivo, e o mais naturalista possível, dos protagonistas das reportagens. Estas imagens "espantam pela sua surpreendente profundidade", antecipando o modo engenhoso como Kubrick tiraria partido dos recursos técnicos à sua disposição para representar e interpretar a realidade. 
(Fontes: Diário de noticias e fotosdistoedaquilo.blogspot)







(fotos (4) encontradas em giorney.tubir.com e outras (6) estavam á solta na net)




quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Um Lugar ao Sol

Elizabeth Taylor e Montgomery Clift em Um Lugar ao Sol (A Place in the Sun, 1951) de George Stevens.


A última

de Luis Fernando Veríssimo

"Um lugar ao sol" é um filme dirigido por George Stevens, baseado num romance de Theodore Dreiser chamado "Uma tragédia americana".
Jovem pobre (Montgomery Clift) recebe proposta de tio rico para trabalhar na sua empresa, começando por baixo. No trabalho ele conhece moça pobre (Shelley Winters) e os dois iniciam um namoro.
Convidado para uma festa na casa do tio rico o moço se sente deslocado entre os grã-finos, sem ter com quem falar. Até que atrai a atenção de outra convidada na festa, que se aproxima dele. E então a Elizabeth Taylor entra na sua vida. 
O filme de Stevens, lançado em 1951, é em preto e branco. Não destaca os pontos mais comentados da beleza da actriz, então com seus 20 anos se não me falha a matemática: os faiscantes olhos violetas. Mas não há outro caso — com excepção, talvez, da primeira visão de Rita Hayworth em "Gilda" — de uma entrada em cena como a dela, na história do cinema. 
No momento em que a vê, o pobre moço está perdido. Literalmente, pois a história deles começará como romance — e raramente o cinema foi tão romântico como na descrição do amor dos dois, que incluirá um longo beijo filmado por Stevens como uma espécie de suma da paixão arrebatadora, e isso que beijo de língua era desconhecido na época — e terminará em tragédia, com a execução do personagem de Clift, por assassinato. 
Pois quando tudo parece encaminhá-lo para um mundo perfeito, o casamento com uma menina rica que, além de tudo, é a Elizabeth Taylor, a Shelley Winters lhe diz que está grávida e que ele precisa casar com ela. E ele a mata. No livro de Dreiser, mata mesmo. No filme fica a dúvida: talvez tenha sido um acidente. Mas ele é executado. 
Outra diferença entre o livro e o filme é que este atenua a critica social do livro. Dreiser escreveu sobre a desigualdade e a angústia da ascensão social como causas da tragédia americana. No filme, sensatamente, a ameaça de perder uma mulher como Elizabeth Taylor basta como motivação para o crime. Pois de Elizabeth Taylor se pode dizer que foi a ultima beleza de Hollywood que justificaria qualquer coisa. 



(crónica de Luis Fernando Veríssimo encontrada em oglobo.globo.com)






Elizabeth Taylor e Montgomery Clift em reportagem para a LIFE durante o tempo das filmagens 
de "A Place in the Sun", (Um Lugar ao Sol, 1951) de George Stevens, na Paramount em 1950.


(fotos da LIFE Archive, excepto a primeira que estava á solta na net)



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Premeditando o Breque


Ontem dei boleia á Eneida e enquanto íamos no carro de pára-brisas partido (isto agora não interessa nada), mostrei-lhe uma canção dos Premeditando o Breque, e contei-lhe algumas coisas deste grupo e de como arranjei a gravação há uns 25 anos atrás. Hoje fiz uma busca no Youtube e vi que havia várias gravações deles e isso deu-me a ideia para este post.
Já andava pelo teatro e uma das pessoas com quem me dava era o Trindade Santos, que além de ser professor (não sei se era só isto) de literatura grega clássica na universidade de letras, era também critico de música em jornais, revistas e mais sítios. O homem sabe (sim porque ainda está vivinho da costa no Brasil) mais de musica, do que cinco vidas que eu venha a ter, jamais saberei. Recebi várias lições, uma de que me lembro foi quando lhe pedi algumas coisas de musica clássica ele me disse que não: que não me dava só os bombons eu também tinha que levar as caixas e os celofames, (quem percebeu percebeu), mas fez-me várias gravações de Jazz em cassetes, algumas ainda tenho em casa de coisas que ele achava que eu devia conhecer. Mas voltando á vaca fria, nessa altura  o Trindade Santos correspondia-se com um filho de uma pessoa amiga que vivia no Brasil e tanto o Trindade como ele trocavam discos das coisas interessantes que iam saindo nos dois países. Um dos discos que chegou dos Brasis foi o primeiro (e o mais interessante) dos Premeditando o Breque. Fiz uma gravação do LP para cassete e mais tarde gravei para um CD, e é isso que ainda corre no carro. Espero que gostem.


A Esperança É A Última Que Morre


Premeditando o Breque - Grupo musical de São Paulo, Brasil surgido no fim dos anos 70, característico pelo humor de suas composições. Formado por estudantes de música, o Premê, como ficou conhecido, participou de festivais no início dos anos 80 e gravou alguns singles até o lançamento do LP "Premeditando o Breque", em 1981, conseguindo notoriedade no meio universitário e intelectual. As letras são satíricas e bem-humoradas, e o estilo do grupo, de difícil classificação, de punk rock a baladas e sambas, passando por blues e "releituras" de clássicos sertanejos, fundindo MPB, chorinho, rock e até mesmo música erudita. O grupo destacou-se desde o início tanto pelas letras irreverentes e bem-humoradas quanto pela qualidade musical e pelos arranjos sofisticados, gravaram ao todo 5 discos mas que nunca tiveram grande sucesso e ainda duram fazendo shows esporádicos na zona de São Paulo. (texto pescado na net)


Fim de Semana



Brigando Na Lua


Quem curte uma roda de samba e de chorinho sabe o que significa premeditar o breque. É aquela capacidade de sentir o momento certo de dar aquela parada na percussão e/ou na melodia. Quem sabe premeditar o breque sabe e quem não sabe não sabe e não adianta querer ensinar.




Quer uma boa amostra do que é o breque?


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Estrelas de Cinema 1


 Carole Lombard em reportagem para a LIFE e em conversa com James Stewart. 1938 


 Peter Lorre, Vincent Price e Maggie Pierce em audições em Hollywood para escolher um Gato 
Preto, para o filme de Roger Corman "Tales of Terror" (A Maldita, o Gato e a Morte 1962). 1961


 Brigitte Bardot e Jeanne Moreau durante as filmagens do filme Viva Maria, 1965. E na foto da 
direita, Steve McQueen e Natalie Wood, em reportagem da LIFE sobre "novas estrelas". 1963.


 Buster Keaton e Lilian Gish, num filme para TV. 1955.


 Danny Kaye, Boris Karloff, Virginia Mayo e mais dois actores não identificados em uma 
cena do filme The Secret Life of Walter Mitty, (O Homem das Sete Vidas, 1947).1946.


 Fred Astaire no camarim a falar com Debbie Reynolds, após o estúdio onde eles estavam 
filmando ter de parar por causa da greve convocada pelo Screen Actors Guild. 1960




(fotos LIFE Archive)


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Gloria Swanson, “A Maior de Todas as Estrelas”


Em 1922, a jovem e formosa Gloria Swanson declarou: “Passei por um longo aprendizado. Já fui uma ninguém o tempo suficiente. Decidi que, quando eu for uma estrela, serei totalmente e a todo momento a estrela! Todos, do porteiro do estúdio ao mais alto executivo, vão ficar sabendo disso”. 
(In, historiasdocinema.com) Ler tudo Aqui




Gloria Swanson em Lisboa, 1968

 Reportagem com entrevista em A Capital.



Gloria Swanson nas ruínas do Roxy Theatre em Nova York


Gloria Swanson, fotografada por Eliot Elisofon nas ruínas do Roxy Theatre em Nova York, para a revista LIFE, em Outubro de 1960, antes de ser demolido para dar lugar a um prédio de escritórios. Quando o teatro foi inaugurado em 1927, foi com um filme com Gloria Swanson chamado "Sunya" (1927) de Albert Parker.




Fotos de como era o Roxy Theater em 1932 e 1927.




(fotos da LIFE Archive, as duas ultimas foram encontradas em shorpy.com e cruiselinehistory.com)


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Marilyn Monroe, A Mais Linda

Mais fotos da coisa mais linda


Kermit Bloomgarden (1904-1976) foi um grande produtor teatral americano, que tinha produzido "A Morte de Um Caixeiro Viajante" de Arthur Miller, antes de este ter casado com Marilyn Monroe. Aqui nas fotos ele visita o casal no seu apartamento em Nova York. 1959.


 Kermit Bloomgarden, Arthur Miller e Marilyn Monroe.

 Marilyn Monroe e Arthur Miller no Waldorf Astoria Hotel, NY. 1957.

  Marilyn Monroe e Arthur Miller no Waldorf Astoria Hotel, NY. 1957.

  Marilyn Monroe e Arthur Miller no Waldorf Astoria Hotel, NY. 1957.

Marilyn Monroe conversando com a sua "dupla", Evelyn Moriarty durante a rodagem do filme The Misfits de John Huston (1961). Foto encontrada em Ontheset.tumblr.com


Marilyn Monroe conversando com Edith Sitwell, poetisa inglesa. 1953.


Fotos LIFE Archive.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Melina Mercouri - A Grega


«Melina Mercouri (1920-1994) foi uma famosa actriz, cantora e activista política grega. Fez parte do Parlamento grego e, em 1981, tornou-se a primeira mulher a ser Ministra da Cultura na Grécia. Seu primeiro filme, "Stella" (1955), foi dirigido por Michael Cacoyannis. Foi ele que a levou para Cannes, onde o filme foi indicado a uma Palma de Ouro. Lá, Melina encontrou o homem de sua vida, o realizador Jules Dassin (1911-2008), que já era muito conhecido pela sua obra, Du rififi chez les hommes (1955), mais conhecida como Rififi, a sua obra mais popular e prémio do festival de Cannes para o melhor realizador. A coisa foi tão forte que fizeram quatro filmes de seguida: "Never on Sunday", (Nunca aos Domingos) 1960; "Phaedra", 1962; "Topkapi", 1964 e "10:30 P.M. Summer", 1966. Jules Dassin e Melina Mercouri viveram juntos pelo resto da vida. Em 1978 Melina abandonou a carreira e Jules Dassin deixou de fazer filmes em 1981.»
(Texto da net)


Jules Dassin dando indicações a sua esposa Melina Mercouri no filme "Phaedra" (1962), 
e Anthony Perkins caido pelo beicinho num descanso da rodagem do mesmo filme. 1961

 Anthony Perkins e Melina Mercouri numa ilha da 
Grécia durante a rodagem do filme "Phaedra". 1961.

Melina Mercouri preparando-se para uma cena no filme "Phaedra", 
e Jules Dassin e Melina Mercouri, anos depois dem foto sem data.



(fotos de James Burke e LIFE Archive)