quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Estrelas de Cinema 5

"Mostre-me um grande actor e eu vou-lhe mostrar um péssimo

 marido. Mostre-me uma grande actriz e você já viu o diabo"

W.C. Fields


Orson Weles, saindo de um táxi para assistir ao seu filme O Mundo a Seus Pés (Citizen Kane, 1946), em Nova York. Foto copiada da revista LIFE Magazine.

Anne Baxter  no filme, A Cidade Abandonada (Yellow Sky, 1948) de William A. Wellman. 1948. EUA. John Florea.

Fred Astaire ensaiando com Rita Hayworth uma cena do filme Nunca Estiveste Tão Linda (You Were Never Lovelier, 1942) de William A. Seiter. Hollywood. 1941. John Florea.

Raquel Welch durante as filmagens do filme Kansas City Bomber (1972) de Jerrold Freedman. EUA. 1972. Bill Eppridge.

Burt Lancaster e Kirk Douglas conversando com o produtor Jerry Wald, nos bastidores da entrega dos Óscar's de 1958. EUA. Leonard Mccombe.

Curd Jürgens e sua esposa, mais duas companheiras em sua casa em França. 1972. Carlo Bavagnoli.

Danny Kaye e Mia Farrow, no filme para televisão Peter Pan (1976). Foto encontrada na net.

Dana Andrews.EUA. 1944. John Florea.

Debbie Reynolds e Glenn Ford durante as filmagens em Espanha de It Started With A Kiss de George Marshall. Espanha. 1959. Loomis Dean.


Al Pacino, Lilian Gish e Grace Kelly. Local e autor desconhecido. 1982.

Errol Flynn, chegando a Dodge City para a estreia de Vida Nova (Dodge City, 1939) de Michael Curtiz. Kansas, EUA. 1939. Peter Stackpole. E, Errol Flynn ao leme de um iate com o seu cão, durante umas ferias. EUA. 1941. Peter Stackpole.

Eva Maria Saint, a caminho de uma audição. EUA. 1949. Nina Leen.

Douglas Fairbanks Jr. (filho da grande estrela de cinema, que tinha o mesmo nome). Hollywood. 1949. Alfred Eisenstaedt.

Rock Hudson no remake do filme O Adeus às Armas (Farewell To Arms, 1957) de Charles Vidor e John Huston (não creditado) e com argumento de Ben Hetch. Alpes, Itália. 1956. Ralph Crane.

Frank Kramer (Gianfranco Parolini), realizador e Lee Van Cleef, durante as filmagens do filme O Regresso de Sabata (È tornato Sabata... hai chiuso un'altra volta, 1971). Foto encontrada na net.


"Para ser actor, você tem de ser uma criança."
Paul Newman



(fotos LIFE Archive, excepto as assinaladas)




terça-feira, 9 de outubro de 2012

Käthe Kollwitz

"Eu estou no mundo para mudar o mundo"

Käthe Kollwitz


Käthe Kollwitz. Auto-Retrato, 1898. 


"Quero actuar no meu tempo, no qual a humanidade  
está tão desorientada e precisando de ajuda" 
Käthe Kollwitz

Käthe Kollwitz, Insurreição. 1899. 



Com traços do Naturalismo e do Expressionismo, expressado através dos meios gráficos de desenho, gravura, litografia e xilogravura, Käthe Kollwitz, abraçou as vítimas da pobreza, fome, e guerra. Carregado por marisayutub em 30/07/2009.


«Käthe Kollwitz (1867-1945) foi uma artista plástica alemã cuja obra – prolífica fundamentalmente a nível do desenho e da gravura – se constituiu como um eloquente e perturbador retrato da condição humana durante a primeira metade do século XX, e é atualmente considerada uma das maiores desenhadoras e litógrafas de todos os tempos. Nasceu Käthe Schmidt em Königsberg, casando com o médico berlinense Karl Kollwitz em 1891.
A sua extraordinária aptidão para o desenho havia já sido descoberta e estimulada pelo seu pai, que foi responsável por proporcionar-lhe formação privada com diversos artistas até ter ingressado na escola artística para mulheres em Berlim.
Käthe Kollwitz pertence a uma geração de artistas anterior aos expressionistas. Se tanto, poderá ser associada ao movimento proto-expressionista, fundado no rescaldo da I Guerra Mundial por Otto Dix e George Grosz. O movimento era caracterizado por um estilo realista combinado com uma perspectiva cínica, socialmente crítica e filosófica profundamente enraizada num sentimento comum anti-guerra.

Käthe Kollwitz. Mãe com o filho morto (Pietá). 1937/38. 

O cenário de devastação e clima de angústia generalizados, motivados por uma transição entre séculos profundamente marcada por sucessivas guerras e revoluções na Europa, criaram as condições favoráveis à emersão de um sentimento existencialista que levou os artistas plásticos a debruçarem-se largamente sobre o tema primordial de todos os temas da arte: a condição humana.
A obra de Käthe Kollwitz representa um doloroso mergulho num mundo onde as figuras estão marcadas por uma obscuridade opressora, em que predominam as referências à morte, à pobreza, à injustiça social, à dor, à doença. É discutido que o próximo contacto com os pacientes do seu marido constituiu uma exposição ao sofrimento que condicionou a natureza do seu trabalho. Este é de uma rudeza impressionante – acentuada pelo carácter incisivo da própria expressividade a preto e branco do desenho e da gravura – que pode mesmo ser confundida com uma certa pobreza estética.
Mas terá que haver um esforço para ver para além da confusão: os desenhos e gravuras de Kollwitz exprimem de forma densa e intensamente emotiva a visão sobre um mundo destroçado, povoado de caos e desastre, mundo esse simbolicamente ligado ao seu próprio tumulto interior – que se pode comprovar pela quantidade de auto-retratos realizados pela artista.

Käthe Kollwitz, Losbruch (Outbreak). 1903.

Käthe Kollwitz, Campo de batalha. 1907. 

Käthe Kollwitz, Mulher doente e seus filhos. 1920.

Corpos encolhidos, contorcidos, de feições endurecidas e determinadas, por vezes diluídos em puras manchas negras que se confundem com as sombras, compõem o retrato de um mundo desordenado pela violência, pela guerra e pelo horror. O fato de ter perdido um filho na Primeira Guerra Mundial e um neto na Segunda, bem como o fato de ter sobrevivido à morte do marido em 1940, acentuou um profundo declínio para a depressão nos anos que se seguiram. A sua obra revelou uma inflexão claramente para o tema da morte.
Apenas contribuiu para avolumar um sentimento de revolta, declaradamente anti-guerra, que não lhe proporcionou quaisquer simpatias políticas. Com a chegada ao poder do regime nazi, em 1943, a obra de Kollwitz foi considerada ‘degenerada’ e esta foi proibida de expor publicamente e forçada a demitir-se da Academia de Arte de Berlim. Ainda assim, ao contrário de artistas como Max Beckman ou George Grosz, nunca abandonou a cidade. Morreu a 22 de Abril de 1945, sem ter assistido ao fim da guerra.» (In, sobre-mulheres.blogspot.pt)


Käthe Kollwitz, Trabalhadores voltando para casa na Estação Ferroviária de Lebrter. 1897. 

Käthe Kollwitz, Entrada para a arena. 1912. 

Käthe Kollwitz, Lamento, auto-retato. 1938/40.

Käthe Kollwitz, Ataque - A Revolta dos Camponeses. 1895/97.

Käthe Kollwitz, Os Oprimidos. 1900.

Käthe Kollwitz, Mulher em pano verde. 1903.

Käthe Kollwitz, A Morte e a Mulher, auto-retrato. (1910).

Käthe Kollwitz (1867-1945)


"É meu dever expressar o sofrimento do homem, o
sofrimento interminável amontoado na montanha."
Kathe Kollwitz



(fotos encontradas na net)



domingo, 7 de outubro de 2012

MANIFESTO ANTI-CAVACO

INSPIRADO NO MANIFESTO ANTI-DANTAS DO MESTRE ALMADA NEGREIROS, APRESENTADO POR MÁRIO VIEGAS NO TEATRO SÃO LUÍS, LISBOA 6 DE SETEMBRO DE 1995.



Se quiser ler já sabe o que tem de fazer

«Uma geração que consente deixar-se representar por um Professor Cavaco Silva é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães alaranjados e de vendidos, e só pode votar e parir abaixo de zero!» (Mário Viegas)


«Uma geração com um Cavaco Silva a cavalo, é um burro algarvio impotente!»  (Mário Viegas)

«Não é preciso saber contar pelos dedos, para se ser Professor de Economia, basta fazer contas pelos dedos como o Silva! Basta não ter escrúpulos, nem morais, nem artísticos, nem humanos! Basta andar com as modas europeias, com as políticas comunitárias e com as opiniões de Bruxelas! Pôrra pró Cavaco! Pôrra! Pim!»  (Mário Viegas)

«Vocês não sabem quem é a senhora Mariani do Cavaco? Eu vou-lhes contar: A princípio, por noticias das "Olás", entrevistas, tempos de antena e outras preparações com as quais nada temos que ver, pensei tratar-se da cantora lírica Francesca de Mariani, que lhe escreveu várias cartas em italiano, apaixonadíssima por ele quando o viu dormir na primeira fila do D. Carlos, durante uma récita, há uns anos atrás e a subir um coqueiro em S. Tomé.»  (Mário Viegas)

«O pior é que a Maria Silva foi à serra com as indiscrições do Barão do Norte e desata a berrar, a berrar como quem se estava marimbando pra tudo aquilo. Esteve mesmo muito perto de se estrear com um par de murros na coroa do Chefe do Grupo da Sueca, no que se mostrou de um atrevimento, de uma insolência e de uma decisão social-democrata que excedeu todas as expectativas.»  (Mário Viegas)

«Continue o Sr. Cavaco a mandar governar assim, que há-de ganhar muito com as cavacas da Caldas e há-de ver que ainda apanha uma estátua de prata laranja por um ourives de Loulé e uma exposição das maquetes pelo seu monumento erecto por subscrição social-democrata pelo "Povo Livre"...»  (Mário Viegas)

«E os Actores de todos os quatro canais de televisão e de todos os teatros pseudo-vanguardistas! Mário Viegas, incluído. E todos os artistas que andaram a mamar dinheiro de Lisboa Capital Europeia da Cultura e futuramente da Expo 98 de que nós já desconfiamos.»  (Mário Viegas)

«Pôrra, pró Cavaco (e seus camaradas de várias cumplicidades, cores, silêncios e futuros compromissos), Pôrra! Pim!!»
«Mais de oitenta anos depois do Manifesto dum tal Almada Negreiros»  (Mário Viegas)


«Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação do país mas atrasado da Europa e de todo o Mundo! O país mais selvagem de todas as Áfricas! O exílio dos degredados e dos indiferentes! A África reclusa dos europeus! O entulho das desvantagens e dos sobejos! Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!» (Almada Negreiros)





sábado, 6 de outubro de 2012

A SIC faz 20 anos Hoje

Em 20 anos de SIC, estes são os programas ou 

eventos que eu mais gostei, por esta ordem.



Puxando a brasa à minha sardinha. OS FILMES DO SÉCULO, (1999). 

A HORA DA LIBERDADE, (1999). Filmagens no Terreiro do Paço.

O SÉCULO XX PORTUGUÊS (2002).

SIC - O PRIMEIRO DIA


«Imagens do primeiro dia de emissão da SIC, a 6 de Outubro de 1992, captadas por mim, com uma câmara amadora. Esta é a minha forma de dizer, parabéns SIC. Um abraço especial, para aqueles que como eu, estão desde o início na SIC.» Publicado em 25/09/2012 por jose pires dias.



Noticias de Outubro 1992



«Desde o chinquilho até ao futebol, resolveram comprar tudo com  o nosso dinheiro. Vamos lutar contra o poder instituído, vamos lutar contra os subsídios do Estado, vamos lutar contra todos aqueles que não querem que se estabeleça uma diferença, que não querem que apareça uma televisão com uma nova imagem, uma nova linguagem, uma nova postura.» 
Jorge Perestrelo, narrador do Ipswich-Leeds, na sessão experimental de desporto da SIC, 4/10/92 

Análises no Expresso (10-10-92), sobre a primeira emissão.


«Futebol sem golos é como moamba sem jindungo»

Jorge Perestrelo



O primeiro Sporting-Benfica na SIC. Expresso, 17-10-92.

Azares da SIC. Noticia no Expresso, 17-10-92.

O "Citizen Kane" português. Expresso, 24-10-92.

Compras em Cannes. (RTP, 16 pessoas, TVI, 4 pessoas, SIC, 2 pessoas). O Jornal, 23-10-92.




« A SIC tem um hino, igualzinho ao do PPD em que se canta com imenso fervor: '...a sua televisão independente, SIC, SIC, SIC'. É lindo»

«Se não se tornar depressa no canal de todos os descontentamentos, a única maneira deste trambolho não morrer consiste em agarrar-se aos enlatados. Já nasceu, aliás, inteiramente enlatado. Com a vivacidade, a imaginação e a frescura do atum Tenório»
Vasco Pulido Valente no «Independente». 1992. Citado pelo Se7e 15-10-92.





Paulo Portas, 09-10-92.