«Creio que o cinema exerce um certo poder hipnótico sobre os espectadores. Basta observar as pessoas que saem de uma sala de cinema, sempre em silêncio, a cabeça baixa e o ar distante. O público de teatro, de tourada e o público desportivo mostram muito mais energia e animação. A hipnose cinematográfica, leve e inconsciente, deve-se, sem dúvida, à obscuridade da sala, mas também às mudanças de planos, de luzes e aos movimentos da câmara, que enfraquecem a inteligência crítica do espectador e exercem sobre ele uma espécie de fascinação e de violação.»
Luis Buñuel em O Meu Último Suspiro, edição Fenda 2006
Em 1972, o filme O Charme Discreto da Burguesia (Le charme discret de la bourgeoisie) recebeu o Óscar de melhor filme estrangeiro, e Luis Buñuel e o seu produtor Serge Silberman foram a L.A. receber o prémio. George Cukor organizou em sua casa de Los Angeles, um almoço que teve estas personalidades. Ao fundo da esquerda para a direita: Robert Mulligan, William Wyler, George Cukor, Robert Wise, Jean Claude Carriere e Serge Silberman. À frente: Billy Wilder, Georges Stevens, Luis Buñuel, Alfred Hitchcock e Robert Mamoulian.
Foto encontrada em cinema16.mty.itesm.mx.
O Charme Discreto da Burguesia. Para quem não viu o filme, Rafael (Fernando Rey) é embaixador na França de um país chamado Miranda. O embaixador faz tráfico de drogas de seu país para a França.
«É preciso começar a perder a memória, ainda que se trate de fragmentos desta, para perceber que é esta memória que faz toda a nossa vida. Uma vida sem memória não seria uma vida, assim como uma inteligência sem possibilidade de exprimir-se não seria uma inteligência. A nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nossa ação, nosso sentimento. Sem ela, não somos nada.»
Luis Buñuel em O Meu Último Suspiro, edição Fenda 2006
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