sábado, 24 de dezembro de 2011

Opiário

de

Fernando Pessoa/Álvaro de Campos


Porque isto acaba mal e há-de haver 
(Olá!) sangue e um revólver lá pró fim 
Deste desassossego que há em mim 
E não há forma de se resolver.




Orpheu, era no panorama nacional, uma revista trimestral de literatura, destinada a Portugal e ao Brasil e de que veio a lume o primeiro número, em 1915, correspondente a Janeiro, Fevereiro e Março. O primeiro número, saído em Abril de 1915, esgotou-se em três semanas, por uma espécie de sucesso negativo: compravam-no para se horrorizarem com o seu conteúdo e se encolerizarem com os seus colaboradores. Um destes, Armando Cortes Rodrigues, conta que eram apontados a dedo nas ruas, olhados com ironia e julgados loucos, para quem se reclamava, com urgência, o hospício de Rilhafoles. Um segundo número sairia em Julho do mesmo ano, com conteúdos bem mais futuristas (...). Feitos, em parte, para irritar o burguês, para escandalizar, estes dois números alcançaram o fim proposto, tornando-se alvo da troça dos jornais; mas a empresa não pôde prosseguir por falta de dinheiro. Em Abril de 1916, o suicídio de Sá Carneiro privou o grupo de um dos seus grandes valores. (Texto de www.citi.pt/cultura/temas) Ler Tudo Aqui


Opiário de Álvaro de Campos
publicado por
Fernando Pessoa






Opiário por Mário Viegas



(imagens da 1ª edição da revista Orpheu: Biblioteca Nacional Digital)


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