sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Jornal da Quinta da Calçada

Coisas do PREC


Capas do Jornal da Quinta da Calçada


Entre Outubro de 1975 e Abril de 1978, o pessoal que formava na altura o Grupo Cultural editou uma espécie de jornal, que chamámos O JORNAL DA QUINTA DA CALÇADA. Como daria muito trabalho estar a colocar aqui todas as páginas dos jornais, decidi-me por colocar só as capas. e contar um pouco de como começamos a fazer o jornal. Na altura na equipa do SAAL, (que apoiava as duas cooperativas e era formado por Arquitectos, Engenheiros, etc) havia uma rapariga chamada Rosário que foi fundamental para nos guiar nos princípios dos trabalhos culturais e políticos. À Rosário perdi-lhe o rasto com muita pena minha, (se alguém souber algum contacto dela, deixe aqui no blog) foi ela quem nos deu o empurrão necessário para começar a fazer coisas. Depois, começamos a andar pelo nosso próprio pé. A feitura do jornal era sempre muito demorada, porque no fundo só dois ou três é que tínhamos o trabalho todo; fazíamos as "provas" numa folha A4 que depois passavamos para stencil e depois ia para uma máquina que lia os stencil e do outro lado saiam as folhas já imprimidas. O problema era que nós não tínhamos máquina (nem dinheiro para a comprar) e andávamos sempre a pedir aos partidos de extrema-esquerda para nos deixarem fazer o trabalho nas suas instalações; do que me lembro chegamos a ir mais que uma vez ao PRP e à UDP, fomos uma vez ao PCP (depois nunca mais disseram que sim) e uma vez em desespero chegámos a ir à agência de noticias NOVOSTI que era a segunda agência mais importante da URSS, e que ficava numa vivenda no Bairro São Miguel e lá nos deixaram fazer o jornal com uns tipos mal encarados sempre a olhar para nós, o mais certo era serem do KGB. Passados todos estes anos estes jornais revelaram ser de grande utilidade para saber do andamento das obras do Bairro Fonsecas/Calçada, e das datas certas de acontecimentos relacionados com o bairro.

O Grupo Cultural a certa altura do campeonato, não me lembro da data 
(mas deve ter sido em 1975/76) e nem me lembro do nome de todos.

O largo e a sede da Cooperativa e do Grupo Cultural mais ou menos por essa altura, 1975/76.

1 comentário:

  1. Os meus avós e tios viveram na quinta das Fonsecas. Frequentei estes espaços e vivi alguns dos episodios aqui relatados. É com
    emoção que recordo esse tempo de esperança, quando tudo ainda nos parecia possivel e o mundo se oferecia para as infinitas descobertas. Reconheci algumas pessoas e revi o meu avô de quando eu tinha 8 anos, no pavilhão onde nas tardes de Domingo assisti aos filmes de indios e cowboys.
    PARABÉNS. Muito obrigado. João Pereira

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