sábado, 18 de agosto de 2012

Tomem lá Altura e Tavira


Altura - Algarve

(para todos os que trabalham no César)

Entrada principal de Altura. Á praia "vai-se pela estrada em frente".

«O topónimo “Altura” deriva de “alto”, no sentido de “outeiro” ou “colina”, contudo, e como muitas outras povoações do país, também nesta freguesia existe uma versão popular ou tradicional que explica a sua origem. Segundo a tradição, a origem do topónimo deve-se a uma taberna que existiu no local e que pertencia a um homem chamado Corvo, isto porque antigamente, eram muitos os carregadores que transportavam o atum de Tavira para as fabricas de Vila real de Santo António e sempre que passavam por Altura, perguntavam a alguém onde seria melhor local para fazerem uma pausa, ao que a resposta era invariavelmente, “por alturas do Corvo”. Foi deste modo que a designação “Altura do Corvo” se foi simplificando e abreviado para o actual Altura.

Às vezes podemos deparar com coisas destas. Um pastor de cabras.

A origem do povoamento de Altura é por certo muito remota, dada a sua localização numa área muito explorada por povos antigos. Depois da ocupação muçulmana, a freguesia foi reconquistada em 1242 por D. Paio Peres Correia, fronteiro-mor no Algarve. O repovoamento da freguesia e de todo o território do seu concelho, Castro Marim, deu-se no ano de 1277, por acção do rei D. Afonso III.
Actualmente, a freguesia de Altura é um ponto de passagem obrigatório para quem faz o circuito do sapal de Castro Marim, cuja vegetação é dominada por inúmeras espécies vegetais; no que diz respeito à fauna, na Reserva Natural protege-se uma população variada de aves aquáticas, facto que lhe confere um inegável valor ornitológico, no qual têm maior destaque o pernalonga, cuja colónia é a mais importante do nosso país, e a cegonha-branca, pelo número de ninhos ocupados.
Nas actividades económicas destacam-se na freguesia as carácter rural; a agricultura, com o cultivo da vinha e de cereais, como o trigo, a cevada e a aveia, e pecuária, especialmente a criação de gado ovino e bovino, são as mais praticadas pelos habitantes de Altura. A par destas, praticam-se outra actividades, como a piscicultura, a salicultura e a pesca artesanal, que apresenta algum peso na economia local, já que dezenas de pescadores da zona vivem exclusivamente desta riqueza, que contribui também de forma determinante na gastronomia da freguesia.
(In, www.jf-altura.pt)


 Aqui é o CÉSAR: esplanada, bar e loja artigos de praia. 
Onde vou sempre tomar o pequeno-almoço, há anos.


Esta senhora é a Rosa, a empregada do César mais antiga. 
Já a conheço à mais de vinte anos.

A Srª. Violante, esposa do César e boa cozinheira. 
Aqui no César tratam-me muito bem.

O César, propriamente dito, com dores nas costas, a Srª. Violante e de costas a Lucília do Carmo, cujo nome foi dado pelo pai em homenagem à mãe de Carlos do Carmo.

 Os pardais invadindo a casa em Altura.


Da janela do meu quarto vê-se o mar, a menos de 100m. 
Eu é que ainda lá não pus os pés este ano.

 Da janela do meu quarto, á esquerda e á direita.


Tavira - Algarve

(para a Aida)



«Ao longo da história, vários povos habitaram no local hoje ocupado pela cidade de Tavira. Antes da presença dos romanos, existem registos que confirmam povoamentos fenícios e gregos. Mas a presença mais marcante foi a islâmica que permaneceu nas terras do “Al Garb al Andaluz” (o ocidente de Andaluz) mais de cinco séculos (séc. VIII – XIII) e que, particularmente, possuíam neste sítio uma população florescente e bem fortificada chamada Tabira, modificando, assim, o primitivo nome de Talabriga.




No decorrer da reconquista cristã, iniciada a partir das regiões montanhosas das Astúrias, no norte da Península, e caracterizada por avanços e recuos quer da parte dos cristãos quer da parte dos muçulmanos, dá-se a fundação de Portugal (séc. XII) e a dilatação do seu território até ao Algarve. É neste quadro que se situa a conquista de Tavira aos mouros. Segundo a tradição, Tavira foi conquistada aos mouros, em 1242, por Dom Paio Peres Correia, Mestre da Ordem Mil de Santiago, como represália pela morte de sete dos seus cavaleiros. Os restos mortais dos cavaleiros foram depositados na Igreja de Santa Maria do Castelo (a antiga mesquita-mór), onde subsiste uma lápide. Após a conquista de Tavira esta foi reconstruída por D. Afonso III, que lhe concedeu também em 1266 o foral – carta constitutiva dos concelhos medievais onde se fixava os direitos e deveres do povo, a maneira de aplicar a justiça - de vila.




Tavira cresceu em importância até ao final do século XVI, devido sobretudo ao seu porto onde se comerciavam os mais diversos produtos e de onde se exportava peixe salgado, frutos secos (figos e amêndoas), sal e vinho, abastecendo portos em Itália e Flandres. A posição geográfica do seu porto – o mais próximo da costa de África - também se revelou fundamental e estratégica no período inicial da expansão marítima. A partir deste se estabelecia o apoio às guarnições portuguesas das praças africanas, bem como à armada que actuava no mar próximo. Tendo também em consideração que Tavira, no século XVI, era uma povoação influente e em relevante crescimento (a mais populosa do Algarve e de Portugal), D. Manuel I elevou-a, em 1520, à categoria de cidade.




A par de todo este crescimento demográfico, há a assinalar o esplendor religioso de Tavira, visível, ainda hoje, nas suas 21 igrejas e 6 conventos. Vários factores estiveram na origem do declínio da cidade, nomeadamente o progressivo assoreamento da barra e do rio, com a inevitável perda de tráfego de navios de alto bordo. Também os efeitos de uma peste devastadora (1645/1646) e os terramotos registados no século XVIII, mormente o grande terramoto de 1 de Novembro de 1755. Tavira foi, também, um importante centro de pesca do atum. Esta actividade, iniciada em 1732, decaiu, na segunda metade do século XX, em consequência do quase total desaparecimento das rotas do atum junto ao litoral desta costa.




Actualmente, a cidade vive em grande parte de um turismo crescente que, recentemente, começa a descobrir a cidade. Tavira pode oferecer testemunhos de épocas distantes, marcas e monumentos de um notável passado histórico, para não falar dos seus factores naturais, a Reserva Natural da Ria Formosa, a sua serra e as praias, a variada gastronomia em doçaria, peixes e mariscos. O passado histórico desta cidade é bastante rico e pode ser testemunhado nos seus edifícios, nos achados arqueológicos e  no traçado das ruas do centro histórico.
(In, www.cm-tavira.pt)













(Fotos citizengrave.blogspot.com)



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