Uma das fotos mais célebres de Margaret Bourke-White: Imagem de negros americanos vítimas de enchente fazendo fila para conseguir alimentos e roupas, tendo por traz um cartaz glorificando o estilo de vida americano. Kentucky, Louisville. 1937.
Indianos que transportam cargas de palha na cabeça, passando em frente da
Grande Mesquita Muçulmana na parte velha da cidade de Deli na Índia, 1946.
Brigada de mulheres russas empunhando ancinhos para recolher a
colheita do feno em uma quinta colectiva fora da capital, Moscovo, 1941.
Fotógrafa norte-americana, Margaret Bourke-White nasceu a 14 de junho de 1904, no Bronx, em Nova Iorque, Em 1921 entrou na Universidade de Michigan e, ainda enquanto caloira, começou a tirar fotografias para o anuário da instituição. Margaret ganhou dinheiro fotografando belas casas e jardins durante o dia, mas nos tempos livres dedicava-se a fotografar aquilo que realmente lhe interessava - predominantemente fundições, estruturas de aço, entre outras. O seu portfólio chamou a atenção dos maiores industriais de Cleveland, tendo feito trabalhos que lhe trouxeram dinheiro suficiente para mudar o seu estúdio. Em 1929, o editor Henry R. Luce convidou-a para colaborar numa nova revista semanal - a Time. Margaret sentiu-se, no entanto, mais entusiasmada com um outro projecto que estava também a ser planificado: a revista de negócios Fortune. Durante 8 meses preparou as imagens que iriam sair no primeiro número, em julho de 1929.
Margaret Bourke-White preparando-se para tirar uma foto no alto de um arranha-céus
em Nova York, 1931 e Trabalhadores numa fábrica de fiação no Estados Unidos,1935.
Em 1930, decidiu partir para a Rússia, que se encontrava em plena revolução industrial e cultural. Mas a entrada no país estava vedada a estrangeiros e os seus editores não acreditavam que ela conseguisse passar a fronteira. Por isso, optaram por enviá-la para a Alemanha, para que fotografasse a indústria emergente. Margaret decidiu, no entanto, partir para a Rússia por sua conta e risco. Depois de seis semanas de espera, um oficial russo ficou tão impressionado com o seu portfólio, que lhe concedeu permissão de entrada, dando também indicações para que todos os cidadãos soviéticos a assistissem sempre que necessário. Durante cinco semanas, viajou por quase todo o país, fotografando barragens, fábricas, quintas, trabalhadores, etc. Ao todo tirou quase mil fotografias, que resultaram no primeiro grande documentário sobre a Rússia. Regressaria mais tarde, desta vez a convite do governo russo, mas em vez de se dedicar à habitual fotografia industrial, concentrou mais a sua atenção nas pessoas. A revista de domingo do New York Times publicou seis artigos seus sobre a viagem, juntamente com as fotografias.
Pista de corrida em Churchill Downs submersa na água do rio Ohio, em 1937.
Criança americana chupando o dedo ao lado de uma gaiola com
canários em um abrigo durante as cheias do rio Ohio, em 1937
No início dos anos quarenta, a Europa assistiu ao crescimento de tensões internas. Margaret foi enviada para a Rússia e, quando a 22 de julho de 1941 caíram as primeiras bombas em Moscovo, era o único fotógrafo estrangeiro no local. Foi o seu maior furo jornalístico e, consequentemente, também o da revista Life. Durante os quatro anos seguintes, continuou a fotografar cenários de guerra, desde mortos dos campos de concentração a líderes, tendo mesmo chegado a voar nos bombardeiros americanos durante os ataques para registar imagens da destruição. Já depois da Segunda Guerra Mundial, mais especificamente em 1946, a Life enviou-a para a Índia e para o Paquistão. Foi nesta missão que conseguiu fotografar Mahatma Gandhi durante uma entrevista, precisamente uma hora antes do seu assassinato. Uma destas imagens do líder da causa independentista da Índia acabaria por ficar para a História.
Parte da família Krupp (um dos maiores financiadores de Hitler) na biblioteca da Villa Hugel após requisição dos bens dos Krupp pelos aliados para uso por pessoal militar, 1945.
Moradores da cidade de Weimar andando de olhos afastados enquanto eram forçados pelos militares aliados a caminhar passando por uma pilha de cadáveres no pátio do campo de concentração de Buchenwald, 1945.
Vista aérea dos danos na cidade de Colónia na Alemanha
após os ataques aéreos dos ingleses e americanos. 1945.
Em 1956 descobriu que tinha a doença de Parkinson e foi submetida a uma cirurgia experimental com vista a atenuar os efeitos da doença. A operação foi bem sucedida e Margaret regressou de novo ao trabalho na Life, embora como jornalista. Juntamente com o seu colega e amigo Alfred Eisenstaedt, fez uma história sobre o tipo de cirurgia a que tinha sido submetida que acabou por ser publicada alcançando grande popularidade. Depois de uma nova cirurgia começou a escrever a sua autobiografia, "Portrait of Myself". Em 1971 foi hospitalizada e a 21 de agosto desse ano morreu, com 67 anos.
(In, Infopédia)
(In, Infopédia)
Mulheres ucranianas na colheita de trigo em uma fazenda coletiva em Kharkov, 1941.
Silhueta do Kremlin iluminada por balas tracejantes e explosões, após sete pára-quedistas
nazis terem descido para fornecer luz para guiar os bombardeiros alemães, 1941.
A bailarina Semionova atando o seu sapato no Grande Teatro Bolshoi. 1931.
Sem titulo, Russia. 1941.
Ensaio na África do Sul, 1950.
Ensaio na África do Sul, 1950.
Ensaio na África do Sul, 1950.
Ensaio na África do Sul, 1950.
(Fotos de Margaret Bourke-White e LIFE Archive)
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