sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Portugal na década de 30 - Fotos


Assim se faz Portugal



Sala de aula em uma prisão em Portugal, local não identificado. 1931

«Na década de 30, do século XX, o Estado Novo acabava de se implantar. A nível político vivia-se ainda, sobretudo nas cidades, o rescaldo das lutas dos últimos tempos da República, embora de uma forma muito interiorizada, pois, dada a existência de polícia política, era pouco prudente expressar certas opiniões. Portugal era um país pobre, com cerca de 50% da população vivendo da agricultura, com um índice de analfabetismo de mais de 75% para as mulheres e 70% para os homens, que assim se viam privados do direito de votar. A mortalidade infantil era grande. Sendo as famílias numerosas, era usual ouvir-se "tive seis filhos mas morreu-me um".

Prisão em Portugal, 1931. Local não identificado mas, talvez 
seja o Limoeiro entre o bairro de Alfama e o Castelo.


As comunicações faziam-se sobretudo verbalmente, pois os telefones e rádios eram escassos e a televisão inexistente. Nas cidades, porém, havia o cinema, que atingiu, aliás, grande esplendor nessa época. A vida dos campos - sem eletricidade, água canalizada (a água era trazida em cântaros da fonte) ou esgotos, aparelhagens elétricas ou outras máquinas - muito se devia assemelhar à vida de há centenas de anos. O ritmo de vida era marcado pelo Sol, a terra cultivada pela força braçal e dos animais, a maioria dos produtos feitos pelos próprios agricultores e suas famílias. 


Fábrica de sardinhas em Setúbal. 1931


Assim, uma dona de casa (que também trabalhava nos campos) semeava o linho, cultivava-o, colhia-o, espadava-o, fiava-o, tecia-o e com ele fazia camisas que os filhos levavam orgulhosos à missa. As crianças das aldeias ajudavam a família logo a partir dos 6 ou 7 anos nos trabalhos do campo, ou, no caso das famílias mais pobres, migravam para vilas e cidades - as raparigas muitas vezes para servir de criadas na casa de pessoas ricas ou abastadas, enquanto que os rapazes ajudavam nas mercearias, dormindo sobre sacos de carvão, esperando amiúde por uma oportunidade de emigrar para o Brasil, arranjar um emprego nas obras, na Carris, na Guarda Republicana ou de se estabelecerem por conta própria.»
(In, infopédia) Ler Aqui


 Praça Marques de Pombal em Lisboa. 1930

Vista panorâmica de Lisboa, ao fundo o Palácio da Ajuda. 1935

Costa do Estoril, antes de ser feita a marginal. 1935


(fotos gahetna.nl)



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