Coisas lá de casa
Capa e contra-capa da caixa com 100 postais de James Bond. 2012.
Não estão todos, nem todas e convém lembrar que algumas da "Boas", também eram mázinhas. No ano que marcou o 50º aniversário de James Bond no cinema, e quando da estreia do último filme: «007 - Skyfall», a MGM editou uma caixa com 100 postais dos filmes de Bond e ofereceu-a aos executivos das televisões, pensando já na venda (mais uma vez), para televisão dos filmes de 007; quem quiser o último Bond tem que levar os outros todos. Esta caixa foi-me depois oferecida e tem alguns postais interessantes. Na impossibilidade de os colocar a todos fiz uma escolha de alguns e aqui estão.
O primeiro filme de Bond trazia logo estas duas: Ursula Andress (Honey Ryder) e Eunice
Gayson (Sylvia Trench), fazendo uma surpresa a Sean Connery em Dr. No (1962).
Joseph Wiseman era o Dr. No (1962). E, rascunho para o poster de Dr. No (1962).
Cartazes do filme Dr. No para os mercados americano e espanhol. 1962.
Desenho de Ken Adam (Art Director) para a sala do reactor em Dr. No (1962).
Muitas estrelas do cinema internacional (uns mais estrelas, outras menos) já passaram pela pele dos terríveis inimigos de Bond, do pioneiro Dr. No interpretado por Joseph Wiseman; passando por Goldfinger, interpretado por Gert Fröbe; Ernst Stavro Blofeld, o chefe da organização SPECTRE vivido por Donald Pleasance, Telly Savallas e Charles Gray em filmes diferentes; Francisco Scaramanga, vivido por Christopher Lee, e Nick Nack, o anão vivido por Hervé Villechaize em The Man with the Golden Gun; o Jaws, interpretado pelo gigante Richard Kiel em The Spy Who Loved Me e Moonraker; o Kamal Khan de Louis Jourdan em Octopussy, o Renard de Robert Carlyle, principal vilão de The World Is Not Enough, até o Le Chiffre de Mads Mikkelsen em Casino Royale e o sinistro Raoul Silva de Javier Bardem em Skyfall. A série James Bond, criada por Ian Fleming, é notável pelos seus "maus" e mais ainda pelas suas "más". Com planos megalomaníacos que envolvem ameaçar o mundo com bombas atómicas, tentar destruir cidades inteiras, roubar submarinos, aviões, etc, sempre exigem que o agente 007 apareça para pôr as coisas na ordem.
Fonte: wikipédia
Daniela Bianchi (Tatiana Romanova), Lotte Lenya (Rosa Klebb) em From Russia with Love (1963).
Sean Connery sendo ameaçado por Honor Blackman (Pussy Galore) em Goldfinger (1964).
OS MAUS DAS FITAS
«O factor principal da permanência dos mesmos
índices de popularidade da série 007 no último quarto de século, fenónemo
verdadeiramente único, é o da passagem de um para outro filme, de um conjunto
básico de características, devidamente actualizadas em função dos tempos que
vão correndo. Tal circunstância permite ao espectador continuar a
identificar-se com o único herói que sobrevive incólume não só a várias mudanças
de rosto como também à aparição no universo cinematográfico de inúmeros outros heróis
populares, de Rambo a Indiana Jones. Um desses elementos constantes em todos os
filmes da série é a existência de um vilão contra o qual James
Bond luta tenazmente até ao fim, em duelos personalizados ou com as
imensas máquinas humanas e tecnológicas de que esses verdadeiros maus da fita
se costumaram rodear. (...) Em quase todos os filmes da série, sobretudo nos
últimos, James Bond muda de adversário, em função dos diversos pontos do mundo
onde as suas missões o levam. No entanto, ao princípio, Bond tinha um
adversário temível, a organização Spectre, contra a qual lutou em variadíssimos
filmes. O seu líder, o maquiavélico Ernst Stavro Blofeld, seria, no entanto,
interpretado sempre por actores diferentes nos três filmes em que apareceu:
Donal Pesasence em « Só Se Vive Duas Vezes». Telly Savalas em «Ao Serviço de
Sua Magestade» e Charles Gray em «Os Diamantes São Eternos». (...) No entanto,
estes mestres vilões tinham, em todos os filmes, os seus homens de confiança.
não menos diabólicos e assustadores.»
In, Jornal Se7e 10-08-89
Harold Sakata (Oddjob) e Gert Frobe (Goldfinger) em Goldfinger (1964).
Adolfo Celi (Emilio Largo) e Claudine Auger (Domino Derval) em Thunderball (1965).
Molly Peters (Patricia Fearing) e Sean Connery em Thunderball (1965).
Donald Pleasence (Ernst Stavro Blofeld) e Mimi Hama (Kissy Suzuki) em You Only Live Twice (1967).
Geoffrey Holder (Baron Samedi) em Live And Let Die (1973).
Christopher Lee (Francisco Scaramanga) e Maude Adams
(Andrea Anders) em The Man With The Golden Gun (1974).
Christopher Lee (Francisco Scaramanga) e Roger Moore
(o Bond Nº 3) em The Man With The Golden Gun (1974).
Richard Kiel (Jaws) em The Spy Who Loved Me (1977)
e Michael Lonsdale (Hugo Drax) em Moonraker (1979).
Chistopher Walken (Max Zorin), Grace Jones (May Day) em A View to a Kill (1985).
Talisa Soto (Lupe Lamora) em License to Kill (1989).
Sophie Marceau (Electra King) em The World Is Not Enough (1999).
Halle Berry (Jinx) em Die Another Day (2002).
Poster dos 50 anos de filmes James Bond. 2012.
“007, a série sem fim, é como um circo.
Tem atracções e, entre elas, figuram, em plano de destaque, as «Bond Girls».
Este desfile de erotismo afinal «bon enfant», começou com Ursula Andress, em
bikini branco, saindo de um mar verde-esmeralda em «007, Agente Secreto» (Dr
No). Os produtores não queriam acreditar, aquela história com Sean Connery e
cozinhada com mais humor do que os romances de espionagem de Ian Fleming e um
toque de exotismo, revelou-se um árvore de patacas. Regra de ouro: mudar sempre
a rapariga. É Bond que fica, elas passam, por mais decorativas que sejam. Quem
se lembra da heroína, hum, do terceiro 007? Mas, pelo prazer do momento, elas
enchem o écran de sedução. Bond, europeu, reaccionário e sofisticado é um
consumidor exigente. Se Ursula Andress ficou, por pioneirismo, nas história do cinema,
as outras beldades não tanto. A máquina de 007 exige sempre novos estilos, novas
modas, novos rostos, novos corpos. Os próprios nomes das heroínas erguem uma
geneologia complicada, com um ar de aventura internacional e do martini
saboreado sob as palmeiras, elas chamam-se Honey, Tatiana, Pussy, Domino, Kissy,
Tracy, Tiffany, Solitaire, Mary Goodnight, Holy, Octopussy, Stacey, Kara,
Corine, Bibi, Pola, Lupe e Pam. Nem sempre rebanho dócil, muitas delas começam
como inimigas de Bond para depois dar a volta e passarem a ardentes aliadas. As
cenas ousadas de Bond e das suas «girls» têm a supervisão em vídeo da benevolente
Miss Moneypenny capaz de reflectir, no meio de uma cólera de «M» e de uma chávena
de chá «que aquilo faz parte do trabalho».”
José Vaz Pereira
In, Jornal Se7e 10-08-89
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