Alguns já desapareceram, outros ainda mexem de alguma maneira.
Assim se faz Portugal
«O processo de edificação de Cine -Teatros em Portugal, decorrido entre as décadas de 1930 e 1960, acompanha o percurso da arquitectura portuguesa do século XX. Construídos no período de vigência do Estado Novo, os Cine -Teatros são obras de promoção privada que conciliam os princípios programáticos dos espectáculos de cinema e teatro num edifício único e se assumem como o grande equipamento cultural das localidades onde se inserem.» (Da sinopse do livro: Arquitectura de Cine Teatros: Evolução e Registo [1927—1959] de Susana Peixoto Da Silva)
Cine-Teatro Avenida em Aveiro foi inaugurado em 29-01-1949. Hoje é o Edificio Avenida.
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Cine-Teatro de Nisa
Cine-Teatro de Nisa.
«Inaugurado, nos dias 9 e 10 de Outubro de 1931 (Feira de S. Miguel), o Cine-Teatro de Nisa representou a concretização de um sonho colectivo e a demonstração do maior amor à sua terra, a que deram forma vários nisenses, através da então constituída Empresa do Teatro Nisense.» (Texto e foto de jornaldenisa.blogspot.pt) Ler todo o texto Aqui |
«No mês de Junho de 1942 (há 70 anos), o Cine Teatro de Nisa projectou três filmes, a que assistiram 842 espectadores que deixaram na bilheteira uma receita total de 2.123 escudos. Mais de metade dos espectadores neste mês de Junho, assistiram ao filme " A Rival de Mata Hari", uma produção francesa dos estúdios da Pathé Cinema (Paris) - 1937 e com o título original de "Marthe Richard au Service de la France", uma história de espionagem que estreou em Portugal em 16 de Maio de 1941, com Edwige Feuillére e Erich von Stroheim nos principais papéis.» (NISA: Memória do Cine Teatro - Junho de 1942 em jornaldenisa.blogspot.pt, 25-06-12)
Cine-Teatro da Mealhada (Messias)
Cine-Teatro Messias, Mealhada.
«Casa de espectáculos de renome no concelho da Mealhada, este equipamento cultural apareceu devido ao declínio do velho “Theatro Mealhadense”. (...) O novo edifício viria a ser projectado pelo então grande arquitecto do Estado Novo, Raul Rodrigues Lima, que também projectou o cinema Cinearte, em Lisboa, o Cinema Monumental, também em Lisboa e o Cine-Teatro Covilhanense, os quais se parecem com o Cine-Teatro Messias. A obra foi inaugurada a 18 de Janeiro de 1950, com o nome de Cine-Teatro de Mealhada. O nome que ficou na memória, Cine-Teatro Messias, em honra do seu fundador, foi também devido ao néon que a pala continha com a palavra “MESSIAS”.» (Foto e texto de wikipedia.com) Ler todo o texto Aqui |
Cine-Teatro de Portimão
Antigo Cine-Teatro de Portimão. Já demolido, não encontrei qualquer informação sobre este edificio. Foto encontrada em portimaoruaarua.blogspot.pt, que por sua vez dizia: Foto retirada da página Costumes e Tradições de Portimão. A foto a cores das traseiras do Cine-Teatro foi encontrada na página do facebook: Fernando Vieira - Costumes e Tradições de Portimão, com o seguinte texto: «Um ângulo menos recordado do Cine-Teatro de Portimão, onde se distinguem as escadas exteriores, que muitos foram tentados a subir.»
«(...) a luz esquecida de um tempo em que ir às soirées de sábado e às matinées de domingo no antigo Cine-Teatro de Portimão, há muito demolido, era um acontecimento esperado durante toda a semana. Do tempo em que entrevia o mundo a partir do alto dos bancos corridos do segundo balcão de um cinema de província, ficou-me uma colecção de cromos que reproduzia as mesmas fotografias dos «actores de momento», emolduradas junto ao bar do Cine-Esplanada, onde numa noite de Verão vi a «Ponte do Rio Kwai» enquanto o céu era riscado por uma chuva de meteoritos que se confundiam com o fogo das baterias japonesas sobre os intrépidos prisioneiros de guerra britânicos. Ficou-me, sobretudo, a memória de um tempo em que ir ao cinema era um acontecimento preparado com uma semana de antecedência. Primeiro, tratava-se de ir num grupo de amigos «ver os cartazes» afixados nas vitrinas, na expectativa de haver um filme para «maiores de 12 anos». Mas o que era bom mesmo era «ir ao cinema»: comprar o bilhete com as economias da semana, receber o programa, ouvir o «going» e ali ficar na penumbra, entre amigos, vivendo as aventuras daqueles heróis tão próximos de mim que até os guardava numa caderneta de cromos na gaveta da minha mesa-de-cabeceira.» (João Ventura em www.barlavento.pt)
Cine-Teatro de Loulé
Cine-Teatro de Loulé ou Cine-Teatro Louletano.
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Cine-Teatro Paraíso (Tomar)
Cine-Teatro Paraíso.
«Onde hoje se encontra o actual Cine-Teatro Paraíso, foi erguido o primeiro espaço dedicado ao espectáculo na cidade de Tomar em 1800 e restaurado em 1876 com a designação de Teatro Nabantino. Foi aqui que os Tomarenses assistiram pela primeira vez ao cinema em 1901. Já em 1909, foi inaugurado um novo recinto destinado à sétima arte, o Salão Animatógrafo Paraíso de Tomar que se situava nas traseiras da Igreja de S. João. Dez anos depois, deu-se início à renovação do Teatro Nabantino a cargo da sociedade comercial “Fonseca, Soares & Companhia”, cuja sede se localizava na Rua Infantaria 15 em Tomar. O projecto implicava a destruição do velho Teatro Nabantino e a construção do futuro Teatro Paraíso que arrancou em 1920 sob a alçada do arquitecto Deolindo Vieira que tinha projectado um “teatro à italiana” para o efeito. Durante as obras para o novo teatro, os espectáculos continuavam no Salão Animatógrafo. A inauguração oficial realizou-se a 24 de Março de 1924.» (Texto e foto encontrados em www.cm-tomar.pt) Ler todo o texto Aqui
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Cine-Teatro da Lousã
O Cine-Teatro da Lousã foi inaugurado a 4 de outubro 1947.
«As paredes do Cine-Teatro da Lousã não lembram aos menos avisados que aquele edifício tem uma história prenhe de mil estórias que merecem ser contadas. Cinquenta anos de vida, milhares de horas com sabor a beijos, cheiro a pólvora, écran bendito que nos deste Ingrid Bergman, Bogart, Fritz Lang, António Silva, Coppola, Beatriz Costa, Spielberg, Branca de Neve, Vasco Santana. Sabor a risos, lágrimas também, dramalhões e kung-fus, muitos filmes portugueses, filmes de qualidade, se calhar nem todos, os filmes de que a gente gosta.» (texto de www.mediatico.com.pt e foto de Glória Ishizaka encontrada em gloriaishizaka.blogspot.pt) Ler todo o texto Aqui |
Cine-Teatro da Nazaré
Cine-Teatro da Nazaré: não consegui informações sobre este espaço, o que acho extraordinário numa terra de turismo.
«O Cine-Teatro da Nazaré, anteriormente conhecido como Teatro Cinema Casino Paraíso, foi adquirido pela Câmara Municipal em 1999 com o objectivo de proceder à sua remodelação. Em Agosto de 2001 reabriu ao público, com uma sala de espectáculos de 447 lugares, apresentando actualmente uma actividade regular, que inclui cinema e outros eventos de carácter cultural e recreativo. Este equipamento ocupa um edifício de cariz clássico, localizado na parte mais antiga da Vila, contribuindo grandemente para a animação e vitalidade urbanas.» (Texto de www.ccdr-lvt.pt e foto encontrada em www.oestedigital.pt)
Cine-Teatro de Ourém
«Os oureenses permitiram a destruição desta obra prima para construir o mamarracho que ainda vemos crescer. O Melo era o gestor, o Jóia controlava as entradas, o Mário vendia os bilhetes. No Verão todas aquelas janelas se abriam para o ar poder entrar... Foi aqui que conheci alguns ídolos da juventude: a Marisol, o Joselito, o John Wayne... Foi aqui que vi os primeiros filmes: Território Apache, Rio Bravo, Psico, Os dez mandamentos, Ben-Hur e outras maravilhas que a memória já não me permite. O preto e branco, a magia do cinemascope... Uma sala com qualidades notáveis, pois toda ela vibrava conforme as sensações das suas plateias.» Lobo Sentado em ourem.blogspot.pt
«Foi assim que fui parar ao cinema - desde o Politeama ao Olímpia, ao Condes, o S. Luiz, o .Palácio... Foi uma educação, por um lado, citadina e, por outro, cinéfila. E sentimental, evidentemente, visto que se iam encontrando umas miúdas pelas salas de cinema, sobretudo nas sessões duplas - permitiam algum tempo. Havia uma sessão de acção e outra melodramática, o que dava para por a mão na mão da miúda - coisas que o Cinema Paraíso, de Tornattore, filma muito bem - Já me vinha de Ourém, havia lá uma sala de cinema onde eu via os filmes a partir da cabine de projecção e prolonga-se por Lisboa.» Fernando Lopes, A Capital, 2005.
«(...) já estava em Vila Nova de Ourém, onde fiz a instrução primária. Vivia com um tio, casado com uma senhora mais velha, bastante culta. Era muito cinéfila e foi com ela que comecei a ver filmes aos sábados e domingos. Ia para a cabine ver como é que se projectavam e ficou-me a magia daquelas sombras no ecrã. Em casa dos meus tios eu próprio tentei, com uma caixa de cartão, fazer mar. Foi a minha primeira câmara.» Fernando Lopes, Revista Sábado, 2006.
Cine-Teatro Avenida (Castelo Branco)
Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco. |
«A inauguraçăo foi feita no dia 2 de Outubro de 1954 às 22 horas com a representaçăo das peças Premio Nobel e Ceia dos Cardeais, primorosamente desempenhadas pela Companhia do Teatro Nacional de D. Maria II, de Lisboa, da qual faziam parte a famosa actriz Amélia Rey Colaço, Robles Monteiro e os apreciados actores, naturais do Concelho de Castelo Branco, Robles Monteiro e Raul de Carvalho. Após a representaçăo das peças O Leque de Lady Windermere e Essa Mulher, pela mesma companhia, nas noites de 2 e 3 de Outubro, foram dados os primeiros espectáculos de cinematógrafo no dia 4 de Outubro às 16 horas com a exibiçăo da fita Enrico Caruso e às 20 horas e 30 minutos com a exibiçăo da fita Salomé. Este é o retrato dos primeiros tempos do Cine-Teatro Avenida. Quarenta e seis anos depois, após um violento incêndio e um processo de recuperaçăo, o Cine-Teatro Avenida renasceu. Diferente e moderno, mas mantendo alguns elementos do antigo Cine Teatro Avenida.» (Texto de www.cm-castelobranco.pt, foto encontrada em dosquatrocaminhos.blogspot.pt) Ler todo o texto Aqui
Cine-Teatro de Almeirim
Cine-Teatro de Almeirim, fotos sem data de antes e depois da remodelação.
«1938, 8 de Junho - constituição da Sociedade "Cine-Teatro de Almeirim Lda.", para exploração do cine-teatro a construir; o capital, no montante de 63.000$00 era distribuído em três quotas de 15.000$00, pertencentes aos sócios José da Silva Torrão Santos, Teodoro da Silva Santos e Bernardino Ribeiro Gonçalves, uma quota de 10.000$00 do sócio Álvaro Joaquim Pina e outra de 8.000$00 do sócio António Vinagre; 1939, 12 de Maio - compra do terreno para a construção do teatro; nele situava-se uma capela dos Passos, obrigando-se por isso a sociedade a construir no teatro um nicho onde devia ser colocado o quadro que se expunha na capela, na altura da Procissão dos Passos; 1939, 24 de Abril - confirmação do contrato de empreitada com Benjamim Almeida, de Santarém, pela quantia de 200.000$00, conforme projecto, memória descritiva e caderno de encargos do arquitecto Amílcar Pinto; 1940, 16 de Junho - inauguração do cine-teatro, com a representação de uma peça pela Companhia da Actriz Maria Matos; 1940, 20 de Junho - primeira projecção cinematográfica com a estreia do filme "Serenata de Schubert"; 1956 - arrendamento do cine-teatro a terceiros; c. 1980 - o cine-teatro encerra ao público; 1993 - a Câmara Municipal de Almeirim adquire o imóvel; 2002 - projecto de recuperação e adaptação do antigo cine-teatro a equipamento cultural polivalente encontra-se a concurso; 2005 - previsão da conclusão das obras: a Câmara Municipal de Almeirim encontra-se entre as 16 autarquias promotoras da rede de programação cultural ARTemREDE, com o intuito de fomentar uma oferta cultural qualificada, de criar e sedimentar públicos e de assegurar conjuntamente a produção, a aquisição ou a circulação de espectáculos na região de Lisboa e Vale do Tejo.» (Texto em www.monumentos.pt e fotos de Paulo Moreira encontrada em retratosdeportugal.blogspot.pt de e de kataforeze encontrada em www.panoramio.com)
Cine-Teatro Pinheiro Chagas
Caldas da Rainha
Cine-Teatro Pinheiro Chagas nas Caldas da Rainha. Demolido em 1992. Foto encontrada em zeventura.blogspot.pt. |
«As Caldas teve 2 cinemas: O Cine-Teatro Pinheiro Chagas na Praça 5 de Outubro e o Salão Ibéria, no Parque. (...) O início deste teatro foi no Parque, com frente para a Rua de Camões e era propriedade da Sociedade Dramática Caldense. Constituía um estorvo a uma modernização do Parque, no conceito de renovação que inspirou Rodrigo Berquó, que conseguiu que o Teatro se construísse no Terreiro das Chocas, nome porque era popularmente conhecida a Praça Nova, depois de Hintze Ribeiro e em 1911 Praça 5 de Outubro, como hoje. (...) Em 1926, na sequencia da grande crise da República e da guerra mundial, e sobretudo uma grande mudança de gostos, a sociedade viu-se forçada a contratar com o empresário Eduardo Montez a cedência da sala por 300 escudos mensais, com o objectivo de dar cinema. (...) O Salão Ibéria nasceu em 1920. (...) Foi, por 1936 e durante mais de 3 anos, tantos quantos levaram a obra do Pinheiro Chagas, a única casa de espectáculos das Caldas e lá foram exibidos os filmes desse período faustoso – pós sonoro – que ainda hoje são evocados como o melhor que alguma vez se fez na chamada "sétima arte".»
(Hermínio de Oliveira em www.jornaldascaldas.com). Ler todo o texto Aqui
Salão Ibéria (Caldas da Rainha)
O Salão Ibéria era o edificio mais pequeno. Foto encontrada em adolescenciacaldasanos70e80.blogspot.pt . |
«O Cine-Teatro Pinheiro Chagas faz parte do meu imaginário infanto-juvenil. Foi a sala onde vi as primeiras sessões de cinema, através de clássicos inesquecíveis de Walt Disney, como a “Gata Borralheira” ou a “Branca de Neve e os Sete Anões”. Depois da Revolução de Abril lembro-me de ter assistido a inúmeras matinés (penso que as entradas eram gratuitas...), onde foram projectados inúmeros filmes de animação e de aventuras. Pouco tempo depois fechou para obras... Acredito que nessa altura a maior parte dos caldenses pensavam que se tratava de um fecho temporário... Mas a verdade é que nunca mais abriu as suas portas. Começaram por destruir o seu interior, até que em 1992, o cinema histórico da antiga Praça do Peixe veio mesmo abaixo. O processo de destruição do Pinheiro Chagas é muito parecido com o da Casa da Cultura - substituta do Casino do Parque, depois de Abril de 1974. Fecharam para obras, mas não voltaram a abrir as portas. Foram dois dos maiores atentados à cultura da Cidade das Termas. O mais curioso, foi nunca ter visto ninguém explicar o que se passou de facto com estes dois encerramentos. Continuo a pensar que estes encerramentos foram motivados por razões políticas. Especialmente a Casa da Cultura, cuja orientação cultural tinha uma matriz de esquerda, que contrariava a política conservadora do Município local.»
(Texto de Luis Eme em viagenspelooeste.blogspot.pt)(Texto de Paulo Caiado em adolescenciacaldasanos70e80.blogspot.pt)
Com tempo irei colocando mais.
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